O fomento à inovação no Brasil está abaixo da média mundial
e precisa ser ampliado, de acordo com Alexandre Motta, do CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) durante encontro
promovido pelo IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia).
O coordenador destacou;
■ que o volume de investimentos no Brasil varia de 0,3% a
0,55% do Produto Interno Bruto (PIB),
■enquanto em outros países emergentes fica entre 1% e 2,5%.
■Já nos países desenvolvidos, o investimento em pesquisa e
inovação alcança 2% do PIB.
Alexandre apresentou os resultados dos programas CI-Brasil e
Startup Brasil, que dão apoio a empresas na área de inovação tecnológica.
Segundo ele, o Startup Brasil, criado em 2013 e que atua em
parceria com empresas privadas, as aceleradoras, ajudou no sucesso das startups
selecionadas. Até hoje, o programa já apoiou 183 empresas emergentes, sendo que
135 ainda estão funcionando.
Alexandre defendeu que o Brasil precisa de pesquisadores com
perfil de empresários: "Hoje, 50% do fomento público para pesquisa e
desenvolvimento é para a área de humanas. O Brasil precisa desenvolver
engenharia."
DINHEIRO PRÓPRIO
O presidente da Associação de Startups e Empreendedores
Digitais (Asteps), Hugo Giallanza, que também participou do encontro, ressaltou
o papel das incubadoras e aceleradoras para a sobrevivência das empresas
emergentes, para as quais o índice de mortalidade é muito alto - de cada 100,
apenas 1 sobrevive.
As incubadoras ajudam os novos empreendedores a entender e a
inserir seus produtos no mercado, afirmou.
Giallanza ponderou ainda que o fomento público é essencial,
mas as empresas emergentes não podem ficar dependentes desse recurso: "Tem
de começar com dinheiro próprio e tentar sobreviver e validar o negócio, para
depois ir em busca de apoio. A maior riqueza das startups são as pessoas."
Fonte: Inovação Tecnológica- MCTIC -
29/11/2016
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