O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto
Barroso afirmou que a corrupção se tornou a
"espantosa regra" por causa da impunidade e disse que a sociedade brasileira
não tolera mais esse fato.
"Corrupção, sonegação, lavagem de dinheiro passaram a
ser a espantosa regra", disse, durante seminário realizado pelo CNMP
(Conselho Nacional do Ministério Público) para discutir grandes casos criminais
do Brasil e da Itália.
E completou: "O errado virou a regra e todo mundo
passou a operar nessa regra".
Para ele, ainda há uma cultura no Brasil que valoriza a
corrupção. O ministro deu o exemplo de duas empresas, na qual em uma seu
funcionário investe em baratear os custos para aumentar o lucro, enquanto outra
tem um empregado que possui proximidade com agente público e paga propina.
"Nós vivemos ainda em um país em que esse segundo
funcionário é mais valorizado do que o primeiro", afirmou Barroso.
O ministro voltou a defender o fim do foro privilegiado e
afirmou que o Supremo não está preparado para instruir e julgar ações penais
como uma primeira instância.
"O prazo médio para recebimento de uma denúncia no
Supremo é de 617 dias. Isso é um escândalo", disse Barroso. Fonte: Folha de São Paulo - 29/06/2016
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