O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir
Maranhão (PP-MA), decidiu na noite de segunda-feira (09/05) revogar sua decisão anunciada pela manhã que
anulava a tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A revogação foi comunicada em um ofício ao presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que durante o dia havia afirmado que
manteria a votação da admissão do processo de impeachment, programada para quarta-feira
(11/05), mesmo com a decisão anunciada pela manhã por Maranhão.
O deputado maranhense, que ocupa interinamente a presidência
da Câmara após a suspensão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo, teria decidido
revogar a anulação diante da reação negativa gerada por sua decisão inicial,
que incluiria uma ameaça de expulsão de seu partido e a possível perda de seu
mandato de deputado como consequência.
"Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de
2016, por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos
Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se
deliberou sobre denúncia por crime de responsabilidade número 1 de 2015",
diz o texto da decisão de Maranhão.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia
dito que manteria a votação da admissão do processo de impeachment, a despeito
da decisão de Maranhão.
Para Renan, essa decisão fora "absolutamente
intempestiva".
"Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar
pessoalmente comprometido com o atraso do processo, e ao fim e ao cabo não cabe
ao presidente do Senado dizer se o processo é justo ou injusto, mas ao plenário
do Senado. (...) O princípio mais sagrado do Parlamento é a
colegialidade", afirmou Renan. Fonte: BBC Brasil - 10 maio 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário