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sábado, 23 de abril de 2016

Dilma vai recorrer ao Mercosul se impeachment for aprovado no Senado

A presidenta Dilma Rousseff defendeu na sexta-feira (22/04)  em Nova York que o processo de impeachment iniciado no Congresso contra ela não constitui nada além de "um golpe" à democracia e que, se for adiante, vai lutar e poderá recorrer também ao Mercosul. Em um encontro com vários meios de comunicação depois de seu discurso em uma cerimônia da ONU sobre o clima, a presidenta salientou que seus opositores buscam retirá-la do poder sem fundamentos legais.

"Apelaria à cláusula democrática se o Senado aceitar o processo quebrando as normas democráticas", disse a repórteres na casa do Consulado do Brasil. O Mercosul tem uma cláusula democrática que pode ser ativada para suspender um país caso um Governo seja derrubado, como aconteceu no Paraguai em 2012.

Mas o apoio que teria no grupo de países latino-americanos que compõem o Mercosul não está claro. O Uruguai tem defendido Dilma –e é o país que ocupa a presidência rotativa da Unasul e do Mercosul–, mas não conseguiu levar em frente um texto de apoio à presidenta. O Paraguai, em especial, considera a dura crise política brasileira (paralela a uma econômica não menos grave) como um assunto interno sobre o qual o Mercosul tem pouco a dizer.

Aceitará o resultado do que o Senado disser se optar por retirá-la do poder? Fizeram duas vezes a mesma pergunta a Dilma, para deixar claro que vai lutar. "Eu vou lutar com todas as minhas forças para assegurar que a democracia não seja rompida" no Brasil, disse, reforçando que as eleições democráticas devem ser respeitadas. Fonte: El País - Nova York 23 ABR 2016  

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