Em um show gratuito na
sexta-feira em Cuba, os Rolling Stones cumpriram o que prometeram: um
show histórico para mais de 500 mil pessoas em Havana, segundo cálculo das
autoridades locais. O momento é considerado por muitos como histórico em um
país que um dia forçou fãs do rock a ouvir suas músicas favoritas a portas
fechadas.
Considerada subversiva e bloqueada das rádios cubanas nos
idos de 1960 pelo presidente Fidel Castro, a banda britânica quebrou um
paradigma de 56 anos, mais um que Cuba viveu nos últimos 10 dias. Na semana
passada, pela primeira vez em 88 anos, um presidente norte-americano pisou na
ilha. São sinais de uma bruta mudança num sistema socialista que há mais de
meio século vive sob um embargo econômico global que impõe a seu povo muitas
dificuldades sociais, apesar dos subsídios governamentais nas áreas da educação
e da saúde.
Estar presente ao maior espetáculo de rock ao vivo e
gratuito da história já realizado na capital, Havana, é inédito, emocionante e
sem palavras para mais de meio milhão de pessoas.
Havana saboreou com festa e alegria um dos mega shows mais
cobiçados nas principais cidades do mundo – uma sincronia praticamente
impossível nas últimas cinco décadas de regime comunista na ilha. Depois de
viajar com sua turnê “Olé – América Latina” por Chile, Argentina, Uruguai,
Brasil, Peru, Colômbia e México, os Rolling Stones aportaram na ilha para um
show totalmente gratuito. O anúncio foi feito há pouco mais de 15 dias pelo
líder, Mick Jagger.
A inédita apresentação dos Rolling Stones deve selar a
reconciliação de Cuba com o rock.
Fonte: Correio Braziliense - 26/03/2016
Comentário: “Se este país se tornar capitalista, vamos ter
muitas dificuldades, pois os cubanos não estão acostumados a dar duro. Não
aprendemos a ser competitivos. A verdade é que a maioria não sabe muito bem o
que quer. O socialismo não funciona, mas, se o capitalismo chegar, os pequenos
vão sumir. Quem tem capital vai mandar e o resto vai trabalhar para eles”.
(motorista de taxi cubano, Faustino Garcia Prendes).
A banda foi um sonho numa noite cubana. O Day after volta a vida controlada pelo estado, cartões
de racionamento, controle estatal, etc
Segundo o diário digital espanhol "El Confidencial os
estimados US$ 7 milhões para trazer a banda inglesa e seus 61 contêineres à
ilha comunista foram custeados pela fundação Bon Intenshon, braço filantrópico
de um fundo de investimento sediado no paraíso fiscal de Curaçao e de olho no
potencial turístico de Cuba. Não é mesmo só rock n' roll.
A banda não lucrará com este concerto e nem a empresa produtora
da turnê, a AEG, o lucro será o valor simbólico de fazer o primeiro show de uma
banda britânica na ilha. A logística custará US$ 7 milhões, divididos entre a
AEG Concerts West, Musica Punto Zero e a Fundashon Bon Intenshon, uma fundação
da ilha de Curaçao.
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