A pobreza afetou 28,1% da população da América Latina e do Caribe em 2014, número que mostra que o processo de redução ficou estagnado desde 2012, revelou a Cepal em Santiago, no Chile.
Segundo o Panorama Social da América Latina 2014 elaborado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o número de pessoas pobres chegou a 167 milhões na região no ano passado, das quais 71 milhões estavam em situação de indigência.
O número de pobreza se mantém no mesmo nível desde 2012, mas desde então a indigência aumentou de 11,3% para 12% em 2014, "tudo isso em um contexto de desaceleração econômica", de acordo com os levantamentos do estudo.
Alicia Bárcena, secretária executiva da Cepal, alertou que a recuperação da crise financeira internacional "não parece ter sido aproveitada o suficiente para o fortalecimento de políticas de proteção social, que reduzem a vulnerabilidade em relação aos ciclos econômicos".
"Agora, em um cenário de possível redução dos recursos fiscais disponíveis, são necessários maiores esforços para amparar ditas políticas, gerando bases sólidas a fim de cumprir os compromissos da agenda de desenvolvimento pós-2015", ressaltou. Fonte: G1- 26/01/2015
Comentário: A população da América Latina e Caribe (ALC) era de 167,9 milhões de habitantes em 1950 e passou para 594,6 milhões de habitantes em 2014. Segundo projeções da Divisão de População da ONU, a população da ALC, na hipótese média, deverá alcançar 781,6 milhões de habitantes em 2050
Enquanto o pobre procriar como coelho, a pobreza prevalecerá. São 167 milhões de pobres numa população de 594,6 milhões (28%). Em A República e as leis, Platão define uma população ótima em função do espaço e dos recursos disponíveis. A Terra tem recursos limitados.
Atualmente a estimativa de uma criança nascer num país pobre é de 70%, numa família desfavorecida.
MAQUIAVEL: “Uma nação não pode estar completamente repleta de habitantes, e estes não podem conservar entre eles uma repartição igual, pois todos os lugares não são igualmente salubres e férteis: os homens abundam em um lugar e faltam no outro. Se não é possível remediar essa distribuição desigual, a nação agoniza porque a falta de habitantes torna uma parte deserta, e a outra fica empobrecida por seu excesso de gente.” Histórias florentinas, 1520-1526.
THOMAS ROBERT MALTHUS: “Acredito poder defender honestamente dois postulados: em primeiro lugar, que a comida é indispensável à existência do homem; em segundo lugar, que a paixão recíproca entre os sexos é uma necessidade que permanecerá mais ou menos igual ao que ela é no presente. Afirmo que o poder multiplicador da população é infinitamente maior que o poder da terra de produzir a subsistência do homem.”
“Se não for contida, a população cresce em progressão geométrica. A subsistência somente cresce em progressão aritmética… Os efeitos desses dois poderes desiguais devem ser mantidos em equilíbrio por meio dessa lei da natureza que faz a comida ser uma necessidade vital para o homem.” Ensaio sobre o princípio da população, 1798.
Cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo todo vivem atualmente em situação de pobreza ou se encontram a ponto de estar entre elas, mais de um terço da população global, segundo o relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A população mundial atingiu, em 2013, a marca de 7,2 bilhões de habitantes, conforme dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP).
Como disse Malthus, o poder da Terra de produzir é limitado. A população já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. O colapso é visível nas florestas, oceanos e rios. Veja a crise de abastecimento de água e energia no Brasil. Quanto maior o nível de conforto, maior o nível de consumo.
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