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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Brasil fica para trás no mercado de tecnologia

O Brasil ficou de fora do setor mais dinâmico da economia mundial, o de produtos de tecnologia da informação e de comunicação. Dados divulgados pela ONU revelam que o País representa menos de 0,1% das exportações mundiais de celulares, computadores, tablets, circuitos integrados e outros produtos.

Em 2012, último dado disponível, as empresas brasileiras de tecnologia exportaram US$ 1,3 bilhão, de um total de US$ 1,8 trilhão. Em 2005, o País havia vendido bem mais para o exterior, num mercado menor: US$ 3,7 bilhões, quando as exportações mundiais foram de US$ 1,4 trilhão.

PARTICIPAÇÃO: Nesse mesmo período, a participação de setor de tecnologia na pauta de exportações do Brasil também caiu: de 3,1% para 0,55%, justamente no momento em que esse mercado explodiu.

Hoje, esse segmento já superou em valor o comércio mundial de produtos agrícolas e mesmo de carros. Com 11% do volume de exportações internacionais, o setor é fortemente dominado pela China, que fornece hoje 30% de todos os produtos.

De uma forma geral, 20% das exportações de países em desenvolvimento hoje são compostos pelo setor de tecnologia. Dois terços do mercado são dominados pelos emergentes.

LIDERANÇA: A China lidera, com vendas de US$ 554 bilhões, mais do que todos os países ricos juntos. Ela é seguida por Hong Kong e Estados Unidos.

Em quarto lugar vem Cingapura, com US$ 115 bilhões - cem vezes mais que o Brasil.

Taiwan e Coreia já superaram o Japão, enquanto a Malásia passou a Alemanha no ranking do maiores vendedores de produtos de tecnologia da informação.

LATINO-AMERICANOS:Entre os latino-americanos, o México é o único entre os dez maiores, com 3% do mercado mundial e vendas de US$ 62 bilhões, quase 30 vezes as vendas brasileiras.

 O Brasil é superado até mesmo pela Costa Rica, com vendas de US$ 2,2 bilhões por causa de uma fábrica da Intel que está instalada no país.

Costa Rica é um ponto fora da curva, porque chega a vender sozinho mais do que todas as economias da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

IMPORTAÇÕES:Mas, se as vendas brasileiras despencaram, as importações tiveram alta recorde, de US$ 5,8 bilhões em 2007 para US$ 19,6 bilhões em 2012. O setor representa 8% de todas as compras do País e coloca o Brasil perto dos 20 maiores consumidores.

Os emergentes respondem por 54% das importações de bens de tecnologia da informação. Entre 2010 e 2012, as importações nesses mercados aumentaram em até 11%. Mas ficaram estagnadas nos mercados ricos. Fonte: Folha de São Paulo - 13 de fevereiro de 2014

Comentário: Tecnologia e educação caminham juntos. Vejamos a participação de alguns países no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.- Pisa 2012

Os sete primeiros lugares são países asiáticos

1-Shanghai-China; 2-Cingapura; 3-Hong Kong-China; 4-Taiwan; 5-Coréia do Sul; 6-Macau-China; 7-Japão  

E a América Latina? A América Latina ocupa as últimas posições de relatório PISA sobre educação

51-Chile; 53-México; 55-Uruguai; 56-Costa Rica;59-Brasil;60-Argentina;62-Colômbia;65-Peru

No Brasil o ensino médio reúne atualmente alguns dos piores indicadores da educação brasileira. Apenas 10,3% dos alunos brasileiros terminam o ensino médio sabendo o que deveriam em matemática – ou seja, quase 90% dos alunos não aprendem o esperado. Em português, quase 30%  dos estudantes demonstraram dominar os conteúdos esperados.

E o ensino superior, como está?  No Brasil, um estudo da Fundação Paulo Montenegro  demonstra que mais de um terço dos egressos do ensino superior são analfabetos funcionais. Não adianta alimentar ilusão através de estatística  que o país está evoluindo, mas na realidade o ensino superior transformou-se num shopping de diplomas. Chegando  ao cúmulo no programa de Ciências sem Fronteiras que visa  promover  intercâmbio internacional, aceitar estudantes sem proficiência na língua inglesa. Alguns espertinhos optaram estudar em Portugal, alegando que é uma língua estrangeira?

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