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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Hasselt: cidade belga abandona tarifa zero

Com pouco mais de 70 mil habitantes, Hasselt (a 90 km de Bruxelas) inovou em 1997 ao oferecer transporte público de graça para todos.

O sistema funcionou em Hasselt com sucesso por 16 anos, mas será abandonado no início de 2014. A decisão é consequência da crise que tem obrigado a zona do euro a apertar suas finanças.

O projeto soou excêntrico à primeira vista, mas logo ganhou amplo apoio popular. Como a província de Limburgo já subsidiava 75% dos bilhetes, a prefeitura de Hasselt só precisou entrar com os 25% restantes para abolir a cobrança aos passageiros.

A gratuidade mudou os hábitos da população. No primeiro ano, o número de viagens de ônibus saltou de 360 mil para 1,5 milhão, um aumento de 316%. Em 2012, chegou a 4,5 milhões.

O sistema parecia ir de vento em popa, mas os custos para os cofres públicos aumentaram até atingir 2 milhões de euros anuais (R$ 5,7 milhões), o equivalente a 1% do orçamento municipal.

Com a crise na zona do euro, as prefeituras foram obrigadas a cortar despesas. Enquanto cidades vizinhas demitiam funcionários, Hasselt optou, em abril, pelo fim do transporte público gratuito.

A medida valerá a partir de 1º de janeiro do ano que vem. O clima é de fim de festa, mas não houve protestos, segundo autoridades e moradores ouvidos pela reportagem.

Para reduzir o impacto da mudança, a prefeitura manterá parte do subsídio. A tarifa custará 0,5 euro (R$ 1,43), metade do valor cobrado em municípios vizinhos. De graça, só viajarão idosos e menores de 18 anos. Fonte: Folha de São Paulo - 30 de junho de 2013

Comentário: Veja a diferença

O transporte público da cidade de Hasselt tem 46 ônibus  e 9 linhas, enquanto São Paulo tem mais de 15 mil ônibus e 1.321 linhas. A diferença é brutal para tomar como exemplo para análise de tarifa zero. O transporte público em Hasselt já era subsidiado pela província(75%), e o impacto do orçamento da cidade  foi pequeno(1%), enquanto em Sâo Paulo, o impacto seria de 15%. Outro problema que ninguém analisa, o sistema de transporte público na Europa e EUA não tem cobradores. Em São Paulo quase todo mundo usa bilhete eletrônico não teria necessidade do cobrador. Nas linhas que uso, a maioria deles, cochila. A tarifa diminuiria de valor. Qual o prefeito teria coragem de eliminar o cobrador do ônibus?

Todos esquecem que São Paulo tem 11 milhões de habitantes, segundo IBGE e a população de Hasselt equivale 0,6% da população de São Paulo.

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