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sábado, 20 de julho de 2013

Aluno dos EUA é condenado à prisão por fraude em eleição na faculdade

Um estudante de negócios da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, foi condenado a um ano de prisão nesta semana por fraude nas eleições para presidente de classe na instituição. O jovem Matthew Weaver, de 22 anos, aceitou um acordo em março e se declarou culpado do crime federal. Na última segunda-feira (15), ele foi condenado, e seu pedido para cumprir a pena em liberdade foi negado.

Durante a audiência, o jovem pediu desculpas, disse que seu comportamento foi "infantil, tolo e arrogante" e que aprendeu "uma lição muito dura".

O episódio aconteceu em 2012. Os  promotores do caso disseram que Weaver era um dos dois candidatos ao cargo de presidente do corpo estudantil, e decidiu roubar os votos para vencer e receber o pagamento de US$ 8 mil (cerca de R$ 16 mil) referente ao cargo.

Para cometer a fraude, caracterizada pela justiça americana como roubo de identidade, o estudante admitiu à justiça que usou um programa chamado keylogger, que descobre e retém senhas de sites.

Roubo de senhas: De acordo com a denúncia, Weaver teria comprado três keyloggers e instalado os equipamentos nos computadores compartilhados pelos estudantes. Assim, ele conseguiu roubar o acesso (nome de usuário e senha) de mais de 700 colegas do campus da universidade em San Marcos

Tentativa de acobertar o crime: O estudante passou alguns dias na cadeia, mas foi liberado, apesar de ter ficado sob investigação. Nesse período, porém, Weaver tentou acobertar seu crime. Ele e um amigo criaram páginas falsas do Facebook, mas utilizando nomes de estudantes matriculados na instituição. Juntos, os dois simularam conversas virtuais tentando aparentar que estes estudantes estivessem conspirando contra Weaver. Esses posts chegaram a ser enviados a meios de comunicação.

Segundo o juiz Larry Burns, que negou o pedido de cumprimento da pena em liberdade, a fraude eleitoral foi uma ofensa "mais ou menos juvenil", mas a tentativa de acobertar o crime e culpar outras pessoas piorou a situação do jovem. "Esse é o equívoco fenomenal que não consigo superar", disse o magistrado durante a audiência, segundo o UT San Diego.

O jornal relatou que, ainda durante as investigações, autoridades encontraram, no computador de Weaver, históricos de buscas do Google com os termos "como fraudar uma eleição" e "tempos de pena de prisão para keylogger". Além disso, acharam uma apresentação de PowerPoint na qual o estudante convida quatro de seus colegas de fraternidade a concorrerem na eleição como vice-presidentes, lembrando que o cargo deles incluía um pagamento em dinheiro no valor de US$ 7 mil (cerca de R$ 14 mil). Fonte: G1, em São Paulo-19/07/2013

Comentário: E aqui o que aconteceria com o estudante? A nossa Justiça é tão morosa e burocrática, excesso de recursos, muito provável demoraria anos por um julgamento definitivo ou ser julgado. O estudante já estaria formado e trabalhando. No Brasil, o crime compensa.

O crime passa a compensar quando a probabilidade de julgamento  vezes o tamanho da punição é menor do que o potencial ganho com a atividade criminosa. O crime compensa para fraude, corrupção, crime do colarinho branco, etc.

Até aonde o crime compensa no Brasil. Algumas penas não ultrapassam 4 anos na sua maioria, as quais podem ser substituídas por multa, prestação de serviços a comunidade ou restritivas de direitos e esta é quase que totalmente ineficaz, pois o desrespeito ao cumprimento é quase certo.

Muitos crimes contra o patrimônio público ou privado, coletivo ou individual, seja qual espécie for (tipo penal) como de apropriação indébita, corrupção passiva e ativa variam de 6 meses a 12 anos, mas normalmente a pena é fixada no máximo em 4 anos e considerando a primariedade do réu, residência fixa, trabalho entre outros requisitos pode ser substituída por prestação de serviço a comunidade, ou seja, não vai para a cadeia. O que impera no Brasil, prenda-me se for capaz.

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