Todo sábado, levo meu automóvel a um posto de gasolina.
Pelo câmbio oficial, encher o tanque custa menos de US$ 0,50. Pela taxa do mercado negro, custa apenas US$ 0,08.
Mas, em alguns dias, vou ao supermercado e não encontro alimentos básicos -leite, farinha ou arroz. Se os consigo em outro lugar, eles já aumentaram de preço, já que a Venezuela tem um dos índices de inflação mais altos do mundo, cerca de 20%.
A Venezuela não é um típico país latino-americano, mas, sim, uma fantasia petroleira peculiar. Talvez, em um futuro não muito remoto, essa ficção estoure em nossas mãos, já que o preço do barril de petróleo, depois de subir durante anos, caiu abaixo de US$ 90 nos últimos meses.
Tanto a dívida externa como a interna continuaram crescendo e chegaram ao equivalente a 70% do PIB. As exportações caíram, enquanto na última década as importações aumentaram de US$ 13 bilhões ao ano para mais de US$ 50 bilhões anuais.
A Venezuela chegou a ser o quinto exportador de café do mundo, mas hoje importa café da Nicarágua.
Há um exemplo ainda mais paradoxal: o país importa 100 mil barris de gasolina por dia. A "revolução bolivariana" que o falecido presidente Chávez proclamou não depende de seus postulados políticos nem de sua relação com a Cuba de Fidel Castro. Sua verdadeira ideologia é o preço do petróleo.
Chávez ressuscitou o sonho da riqueza nacional e contou com um ciclo de bonança petrolífera para apoiá-lo. Não é a primeira vez que isso acontece. Durante o primeiro governo de Carlos Andrés Pérez (1974-1979), o país viveu uma euforia econômica baseada no enorme ingresso de dinheiro proveniente do aumento do preço do petróleo cru.
Os conflitos no Oriente Médio -a queda do xá e a guerra entre Irã e Iraque- adiaram a explosão da crise até 1983, quando o preço do petróleo, ajustado pela inflação, caiu de um máximo de US$ 105 o barril, em 1979, para US$ 70.
Chávez ofereceu aos venezuelanos um relato diferente, uma nova visão do futuro. Usando seu carisma pessoal e uma grande indústria propagandística, transformou-se em uma nova versão de governante. Encarnou o Estado, ditou a política como um exercício pessoal e tentou criar uma nova identidade nacional. Reviveu a tentadora ilusão de que não precisamos produzir riqueza, simplesmente temos que saber distribuí-la.
Certamente Chávez conseguiu um novo esquema de distribuição da renda do petróleo. Ele pôs a pobreza no centro da agenda e do debate do país e deu visibilidade e consciência aos pobres e excluídos. No entanto, não governou com eficácia nem resolveu os problemas da renda da população. Dedicou-se a concentrar poder e a garantir sua permanência.
Por fim, acabou administrando as esperanças dos pobres, em vez de suas finanças. Seu legado é um país em crise. As eleições de 14 de abril, para eleger seu sucessor, depois que Chávez morreu de câncer, demonstram que houve uma mudança política.
Desde a eleição de 2006 até a de 2012, quando Chávez foi eleito para um terceiro mandato, a oposição obteve quase 2,3 milhões de novos votos, quase o triplo que o governo. Durante esses seis anos, a margem de vitória de Chávez caiu mais de 15 pontos percentuais. Sem Chávez, essa tendência se aprofundou. Nicolás Maduro, o sucessor que Chávez escolheu, ganhou por uma margem mínima.
Para enfrentar a difícil situação econômica, ele será obrigado a tomar medidas impopulares, como já teve que fazer em fevereiro, ao desvalorizar a moeda. Os venezuelanos estão convencidos de que nenhum político poderá aumentar o preço da gasolina. Essa lenda nasceu em fevereiro de 1989, quando, em seu segundo governo, Carlos Andrés Pérez tentou aumentar de maneira gradual o preço do combustível.
De imediato, houve uma revolta popular, com saques e muitos mortos. O novo governo terá de enfrentar esse desafio.
O Estado petroleiro ficou sem recursos e sem máscara. Não há mais discursos ou cantos do Comandante. A fantasia petroleira que ele criou para seduzir o país talvez seja finalmente exposta. É provável que o mito de Chávez sobreviva à crise, mas os venezuelanos continuarão sofrendo. Fonte: Folha de São Paulo - segunda-feira, 29 de abril de 2013
Comentário: O que os governos latinos fazem muito bem é a eterna caridade. Oferecem renda mínima para os pobres, para que saiam da estatística da pobreza. É o mote político.
Numa simulação hipotética se os governos o oferecessem renda mínima para todos os pobres, não existiriam mais pobres nas estatísticas. Isso seria verdade? Como pode erradicar a pobreza sem educação? Como pode uma família pobre andar pelas próprias pernas, sem auxílio do governo, sem educação mínima para arrumar emprego? Onde fica o planejamento familiar dos pobres no contexto da renda mínima? Não se deve dar o peixe aos pobres, mas ensiná-los a pescar.
Pienso que el amigo Cesar esta mal informado sobre lo que es en realidad la Revolucion Bolivariana en la acualidad en Nuestro gran pais, fije se Bien
ResponderExcluir1.- Reduccion de la Pobreza General en un 50%
2.- Reduccion de la Pobreza Critica en un 66%
3.- Matricula Universitaria sobre los 2.5 millones de estudiantes, en 1989 eran unos 350mil
4.- Atencion de salud totalmente gratis al pueblo
5.- Educacion en todos los Niveles Gratuita.
6.- Inversion Social(Fijese Bien Inversion... no Gasto) cerca de 500mil millones de Dolares para recuperar todo lo que anteriormente le discrimine en los otros 5 puntos,
7.- El indice de desarrollo humano medido por el PNUD uno de los mas altos de america latina y entre los primeros 70 paises del mundo
8.- Venezuela libre de analfabetismo decretado por la Unesco
9.- Disminución del DESEMPLEO; de 16.6% en enero de 1.999 a 7% en Diciembre de 2.012.
10.- Control y disminución de la INFLACIÓN. De un promedio de 44.2% y 57.6% en los últimos periodos de CAP Y Caldera, respectivamente, a 20.8% en el periodo de Chávez. Sin dudas, nos ubicamos en una nueva dimensión.
11.- Las RESERVAS INTERNACIONALES pasaron de 15.379 millones de dólares en 1.999 a 43.054 en 2.008 y en el presente, se ubican en la franja de los 30.000 millones. Incremento que en todo caso supera el 200%.
12.- Mientras en otros paises latinos, se lucha contra la crissis economica del Capitalismo, con una desocupacion laboral que llega hasta en un 28% en España, en Grecia y se lucha por una educacion y una atencion por la salud manejada por el Estado, en Venezuela se incrementa el salario del trabajador, y se crean mas plazas de empleo, esto en franco desarrollo Nacional de un estado que piensa en su pueblo y distribuye los recursos acorde con las necesidades del mismo, favoreciendo a aquellos que en los ultimos 200 años y sobre todo en los ultimos 50 antes de 1998 fueron excluidos y marginados de la sociedad venezolana.
Hoy podemos asegurar que somos un pais totalmente mejor que hace 14 años, hoy tenemos la informacion y quien tiene la informacion tiene el poder, hoy tenemos el CHAVISMO y esta es y sera para toda la vida una Ideologia filosofica politica justa y humanistica que nos guia en la Construccion de la Patria.
Cuando se quiera ESCRIBIR sobre el proceso Politico, Economico y Social que desde hace 14 años se esta desarollando en Venezuela primero se debe investigar y no hablar por hablar, y a quienes le dan el permiso para que se escriban mentiras en estos Blogs, deben ser mas cuidadosos.
Muchas Gracias
Carlos Ochoa
twitter: @ochacm
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É só você tiver paciência e pesquisar no Google, as informações sobre a Venezuela, tais como; falta de abastecimento de alimentos, câmbio controlado e irreal,criminalidade, desenvolvimento, etc. A vitória do Maduro foi apertada, que significa que a população está dividida quanto o sucesso que você aponta. O pluralismo de ideias é uma das características da democracia, caso contrário, seria a democracia de partido único que tanto almeja a revolução bolivariana.
ResponderExcluirO que o Chavez ofereceu aos venezuelanos foi repartir um bolo (petróleo) sem produzir mais bolos. A Venezuela foi ajudada pela alta de petróleo e o presidente fez sua festa para manter no poder infinitamente, mas a vida reservou sua surpresa.
Se houve realmente melhorias na qualidade de vida dos venezuelanos, educação, trabalho, etc., Por que o índice de violência aumentou no mesmo período? Isso é um contra-senso? Vejamos alguns dados
Em 2011, foram cometidos 19,3 mil assassinatos no país, segundo dados da ONG Observatório Venezuelano de Violência (OVV). O índice de 67 homicídios por 100 mil habitantes coloca o país entre os mais violentos do mundo. Os roubos a mão armada e os sequestros-relâmpago - chamados na Venezuela de "sequestros express" - também se tornaram delitos comuns. O índice de desemprego entre os jovens chega a 16%.
le repito sus datos son falsos ... revise esos datos en los organismos adscritos en la ONU y en OEA y vera que ud esta siendo engañado por ONG que estan del lado de oposicion... y ... no me venga con el cuento de que ONU y OEA son organismos que estan en favor de las politicas progresistas de una de las mejores Ideologias hoy por hoy en el Planeta, una Ideologia Politica Justa y Humanistica ... es asi como defino el CHAVISMO... porque sus premissas politicas son lineamientos que se dirigen para resolver los problelmas a los mas necesitados y sigue un plan de trabajo para llevar al pueblo hacia un mejor VIVIR, ese plan se denomina Plan Simon Bolivar... O... Plan de la Patria 2013-2019, y es un plan humanitario y justo de Inclusion y Paz
ResponderExcluirOs dados da ONU e OEA são fornecidos pelo governo. Logicamente o governo poderá manipular as informações. As informações e confiabilidade devem ser cruzar para que os dados sejam reais. Nem sempre o governo oferece confiabilidade nas informações que oferece a sociedade. O governo utiliza as informações como estratégia política. Não existe transparência nas informações do governo.
ResponderExcluirO Hugo Chávez foi um grande ator político, montou um filme socialista para os venezuelanos. Era elogiado nos Festivais de Filmes Socialistas.Um belo filme enquanto a sessão durava. A cortina fechou e agora os venezuelanos estão vivendo o filme real.