A defesa de Carlinhos Cachoeira está a cargo de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Saudado na CPI como "digníssimo" e "grande jurista", Thomaz Bastos, agora grande jurista de um bicheiro.
O que leva um renomado jurista, da esquerda, defender um contraventor?
Foi um ex-ministro da justiça, agora, sentado ao lado de um bicheiro, assessorando o que deve e não deve dizer na CPI. Não fica bem para um ex-ministro defender um contraventor, pois exerceu um cargo que tem a finalidade de promover a justiça, a ética e a moralidade.
Imagino o que aconteceria nos EUA, um ex-ministro da justiça defendesse um mafioso?
Nessa relação de um ex-ministro com um bicheiro, mostra a intimidade da sociedade brasileira com a zona cinzenta. Falta clareza, ou melhor, moralidade. Olhando por um lado, acha-se que é normal, olhando pelo outro, acha-se que não. Vivemos numa democracia, tudo é permitido. É a democracia cleptomaníaca. É a sociedade democrática fraternal de piratas.
A foto do contraventor tomando cafezinho ao lado do ex-ministro é o retrato o que acontece nesse país, a intimidade de um ex-integrante do governo com um contraventor. Não houve sensibilidade por parte do ex-ministro. Talvez, ele não deu tanta importância ao cargo que desempenhou no governo, o que vale é a exposição na mídia, o dinheiro, etc. Talvez ele advogue para qualquer cidadão, desde que não seja torturador, da direita. A justiça pode ser cega, mas não pode caminhar junto de mãos dadas com contraventores, corruptos, etc. À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.
ATUAÇÃO PÚBLICA
Foi presidente da Seccional da OAB de São Paulo, gestão de 1983 até 1985, com participação no movimento pelas Diretas Já, e do Conselho Federal da OAB, de 1987 até 1989, período da Constituinte.
Em 1990, após a eleição de Fernando Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido dos Trabalhadores como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em 1992, juntamente com o jurista Evandro Lins e Silva, participou da redação da petição que resultou no impeachment do presidente da República.
Em 1996, defendeu uma campanha informativa, encampada pela OAB, para incentivar o voto consciente dos eleitores. A campanha visava ainda cobrar dos candidatos às eleições a divulgação dos financiadores de suas campanhas para que o público soubesse quem estava por trás de cada um deles.
Foi fundador, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e dom Luciano Mendes de Almeida, do movimento "Ação pela Cidadania". Recentemente, ao lado de profissionais liberais como o criminalista Arnaldo Malheiros Filho, fundou o IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa. Fonte: Wikipedia
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