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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Rastros portugueses na comida japonesa

“Tempura deriva de uma receita popular portuguesa conhecida originalmente como peixinho-da-horta”, diz a Wikipedia.

E mais: “o nome (tempura) vem da palavra portuguesa ‘tempero’ “.

Em sites portugueses, encontrei várias receitas de "peixinhos-da-horta", que consistem de vagens (‘feijao verde’) empanada em um ‘polme’ – massa  – feito de farinha, água, ovo e cebola picada,  e frita em óleo. Outros legumes, como abóbora e pimentão, também são fritos desse jeito.

Não consegui descobrir a origem do nome "peixinhos da horta", mas o sagaz colega Rogerio Wassermann observou a semelhança visual de tempura com porções de ‘peixinho frito’;  ou seja, é bem provável que o nome surgiu de uma alusão visual a uma versão ‘vegetariana’ de uma porção de peixes empanados fritos.

Há outra versão para a origem do nome ‘tempura’, que diz que o nome deriva do hábito dos jesuítas de não comer carne vermelha “no tempo da Quaresma”, em latim "ad tempora quadragesimae".

Li ainda que os japoneses também se encantaram com vários doces portugueses. Ainda hoje, são populares as pequenas balas conhecidas localmente como kompeito (o nome deriva de ‘confeito’) e o bolo kasutera (uma versão do 'bolo de Castella’, um tipo de pão-de-ló).

Navegando ainda mais longe, descobri ainda que o curry vindaloo – um dos mais populares pratos servidos nos restaurantes indianos aqui na Grã-Bretanha – deriva de “carne de vinha d’alhos”, levada pelos portugueses a  Goa.

Para mim isso tudo é novo e incrível: entre os rastros mais fortes da passagem dos gloriosos navegadores portugueses, séculos atrás, por vários cantos do mundo, estão pratos típicos da "terrinha".

Nós ficamos com a feijoada, os japoneses com o tempura e os indianos com o curry vindaloo. Fonte: BBC Brasil - 13 junho 2011

Comentário: Navegando em sites  de gastronomia português encontrei a receita, peixinhos-da-horta. É muito popular em Portugal como entrada. Minha mãe fazia muito com berinjela ou com abobrinha italiana.

Ingredientes:

400 gr de feijão verde

125 gr de farinha com fermento

1 colher de sopa de azeite

100 ml de cerveja ou leite

2 ovos inteiros

sal e pimenta q.b.


Preparação:
Aparam-se as pontas do feijão e cortam-se em pedaços de 10 cm. Lavam-se e cozem-se em água a ferver cerca de 5 minutos. Devem ficar semi-cozidos. Escorrem-se e deixam-se arrefecer.

Faz-se então o polme: deita-se a farinha numa tigela e ao centro abre-se uma cavidade na qual se deita o azeite, uma pitada de sal, pimenta, a cerveja ou leite e começa-se a mexer aos poucos do meio para as pontas.Vai-se juntando os ovos um a um e bate-se bem a massa para ligar melhor. Deixa-se repousar meia hora.

Depois envolve-se os pedaços de feijão verde na massa um a um (pode ser com a ajuda de um garfo) e fritam-se em óleo quente. Escorrem-se bem e estão prontos a servir.

Carne Vinha d'Alhos

É um dos principais pratos tradicionais associados à Festa, sendo confeccionado na maioria dos lares madeirenses. Alguns restaurantes apresentam o receituário tradicional ao longo do ano, no entanto, é nesta quadra festiva que encontra maior procura. Aqui fica a minha sugestão, sabendo que este é um prato que pode ser confeccionado de muitas formas, dependendo da sua apresentação à mesa.

Bom apetite!

Ingredientes:

1 kg de lombo de porco (ou entremeada)

2 dentes de alho

1 folha de louro

1 ramo de segurelha

200 ml de vinho branco

100 ml de vinagre

sal e pimenta da terra

1 cebola

1 nabo

2 colheres de sopa de banha

750 g de semilha miúda

Corte a carne aos cubos e deixe a marinar durante dois dias com o vinho, o vinagre, os dentes de alho, a segurelha e o louro cortado em pedaços, sal e a pimenta. No dia em que utilizar a carne, refogue a cebola e a banha. Junte a carne e a marinada e deixa-se cozer com o nabo cortado às rodelas finas. A meio da cozedura da carne, junte as semilhas descascadas e deixe cozer.

Pode optar por fritar a carne com a marinada que depois vai a acompanhar o pão de casa fatiado, frito na mesma gordura da cozedura. Serve-se com semilhas descascadas e passadas como o pão e com legumes cozidos à parte. Fonte: Gastronomia de Madeira

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