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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mira, mi camarada Fidelov murió

Mi camarada Fidelov murió!! Mi camarada Fidelov murió!! Comoção geral na América Latina e em Cuba. Os presidentes dos principais países da America Latina irão prestar homenagens ao camarada Fidelov. Pela primeira vez o aeroporto de Havana ficou movimentadíssimo, os presidentes chegando para prestar as últimas homenagens  ao ícone da esquerda. Lulanov, Bacheletcov, Evolov, Chavezticov, Cristinov, Boffticov, Orteganov, Correaticov, todos  lembrando o passado desse ícone. O local do féretro  lotado, em torno do caixão as principais autoridades e o choro era copioso, lágrimas vermelhas no caixão. Aumentando o coro do choro as  carpideiras estavam presentes com seus prantos..O Chavezticov  pensando serei o próximo ícone da América Espanhola?
O Fidelov embalsamado e sereno no caixão. Não sei o motivo por que a esquerda gosta tanto de embalsamar  os ícones? Deve ser para prolongar o mandato, depois de morto ainda é rei? Ou melhor, é conhecido como El Comandante? Ou o defunto não é defunto, é uma estátua ou totem?
Depois das homenagens as principias autoridades receberam uma réplica de uma estátua representando Fidelov. É a estátua “Oscar” da esquerda. Para encerrar o cantor e compositor Chicov  prestou homenagem ao Fidelov,  com a música mi comandante eterno.
Lembrando Cuba e a esquerda
Cuba é o Blade Runner dos socialistas,  é a ficção científica real e ilustrando uma visão do passado e presente.
Viver em Cuba é como viver no passado em que a sociedade cubana inicia a colonização do socialismo, para o que se cria seres geneticamente alterados - replicantes – (lavagem cerebral)  utilizados em trabalhos. Trabalhar para sustentar o partido e ser alimentado homeopaticamente..
Os replicantes são fabricados pelo partido do Fidelov como sendo "mais humanos que os humanos", são fortes, ágeis e delatores. Porém alguns saíram da fabricação com defeitos, começaram a pensar e contestar. Alguns fugiram para EUA e outros foram parar no paredón.
Mas, se Cuba é tão “legal”, por que tantos cidadãos da revolução tentam fugir da Ilha? Por que eles arriscam suas vidas em botes, cruzando o golfo, isto é, muro de Berlim cubano, para pisar no chão americano? Por que há tantas deserções entre atletas? Se em Cuba não há fome, por que tantos cubanos fogem afirmando que a vida na ilha é insustentável, pois falta tudo do mais básico e essencial? Se os pobres têm direito de escolher suas autoridades e governos, então por que em Cuba o governo foi monopolizado por tantos anos nas mãos de Fidel e agora passou para seu irmãozinho? Isso soa um pouco de absolutismo?
O compositor e cantor Chicov disse numa entrevista da Folha Ilustrada,  gostaria que Cuba fosse um país democrático, mas vê a necessidade para restrição de tudo que significa democracia — o direito de ir e vir, alternância no poder, livre-expressão, liberdades econômicas, etc. — em nome dos “valores da revolução”. Que valores são esses mesmo, que o Chicov acha tão louváveis? Oh, sim: a restrição do direito de ir e vir, o controle ditatorial do poder, a censura de opiniões contrárias à revolução, a dominação econômica pelo estado, etc.
Chicov mira Cuba através das praias cariocas. São as famosas dachas  da esquerda carioca.
Eles deveriam fazer um filme,  do tipo “Em algum lugar do Passado”  em 3D para lembrar o passado remoto e distante.Como se diz o socialismo é eterno. Passando o filme num cinema capitalista comendo pipoca e tomando Coca-Cola.
Uma frase de Roberto Campos comenta a esquerda festiva: "É divertidíssima a esquizofrenia de dos artistas, intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro , mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..."
Interessante a esquerda utiliza muito bem os canais de comunicação da democracia para fazer a apologia política do socialismo, enquanto no regime socialista esse mesmos meios de comunicações são controlados, patrulhados e censurados. Veja o caso da blogueira cubana que é censurada e  a família sofre intimidação.
Agora no Chile foi inaugurado o Museu das Vítimas da ditadura. Terra natal do Allendov, cultuado até hoje, faz parte do roteiro da esquerda, “cult movie”, muito choro e lagrimas vermelhas. Mas esqueceram das vítimas inocente dos terroristas? Os terroristas tinham direito de matar por uma causa? Ah essas vítimas eram apenas figurantes desse cenário da esquerda. Não aparece. Interessante a Bacheletcov estudou na Alemanha Oriental, passou por Austrália, poderia ter escolhido França, Itália, etc. Por que  escolheu Alemanha Oriental? Regime totalitário que tinha uma das mais temíveis polícia secreta do mundo, a Stasi.
No ápice de seu poder, no final dos anos 80, a Stasi, considerada uma das agências de inteligência mais eficazes do mundo, empregava cerca de 91.000 pessoas para vigiar de perto a população. Outras centenas de milhares de pessoas -talvez até 2 milhões, de acordo com os pesquisadores- também espionavam amigos, familiares e colegas. As informações reunidas sobre 5,6 milhões de indivíduos eram arquivadas no catálogo central da Stasi e usadas para reprimir a dissensão política. A Stasi também fomentou um ambiente repressivo de terror nas comunidades da Alemanha Oriental, porque a agência, com suas informações, podia afetar as oportunidades de educação, profissionais e até de recreação dos indivíduos. Essas lembranças  a esquerda esqueceu, é a amnésia política. Naquela época a Alemanha Oriental tinha 250 mil prisioneiros políticos.
O presidente da Alemanha Oriental da época, Erich Honecker  foi dos responsáveis pela ordem de atirar naqueles que tentavam cruzar o Muro de Berlim entre 1961 e 1989.  Ele deixou a Europa em 1993, aos 80 anos, com destino a Santiago, onde se exilou. Faleceu em solo sul-americano em maio de 1994, vítima de câncer. Contraste de consciência da Bacheletcov inaugura um museu das vitima das ditadura do Chile e ao mesmo o país serve de guarita aos alemães comunistas criadores do muro de Berlim?
Veja um caso interessante dos comunistas no Chile
Margot Honecker, ex-dama de ferro da ex-Alemanha Oriental e viúva do ex-líder Erich Honecker, leva uma vida aprazível e discreta no Chile, onde vive há 17 anos, com uma rotina que inclui ir à pé ao supermercado e visitar sua filha. Rodeada por um pequeno círculo íntimo integrado por líderes comunistas e ex-refugiados chilenos que foram para a Alemanha Oriental na época do ditador Augusto Pinochet, Honecker, 82, é tratada pelo mesmo médico que atende a presidente Michelle Bachelet e evita as opiniões políticas e os atos públicos. (Folha de São Paulo, 07/11/2009)
Mira, mi comandante no murió es eterno
 Obs: Fidelov é uma ficção, mas está muito próxima da realidade.

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