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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Veja qual é o país mais seguro do mundo para turistas

 A Islândia é, pelo 16º ano consecutivo, o país mais seguro do mundo para se visitar ou morar em 2023. A conclusão é do ranking Global Peace Index (GPI) — ou Índice de Paz Global — elaborado anualmente desde 2008 pelo Institute of Economics and Peace (IEP), organização sem fins lucrativos de Sydney, na Austrália, que é parceira da ONU e do Banco Mundial e monitora globalmente os níveis de conflito, criminalidade, insegurança socioeconômica, entre outros.

O país nórdico obteve a menor nota de zero a cinco pontos, 1,124 — quanto menor, mais seguro o país — graças a um bom desempenho nas áreas de militarização de seu território (que é bastante baixa), atuação em confito em andamento e segurança do seu domínio. No entanto, este foi o primeiro ano em que o IEP detectou atividade terrorista dentro do país, após a prisão de quatro indivíduos que organizavam um atentado contra o seu Parlamento.

Os índices de homicídio também cresceram na Islândia, mas não o suficiente para tirá-la da liderança de paz global.

No entanto, ela não está sozinha na deterioração da segurança de seus residentes. Segundo o IEP, o mundo se tornou menos pacífico em 2023 pela 13ª vez nos últimos 15 anos, com uma perda de segurança de 0,42%, em média. No total, a tranquilidade melhorou em 84 países e caiu em 79.

O grande perdedor em 2023 é a Ucrânia, que devido à invasão pela Rússia perdeu 14 posições no ranking e alcançou a nota 3,043. Mesmo assim, o país em guerra não é o mais inseguro do mundo: o Afeganistão leva este título pelo oitavo ano consecutivo, com uma nota 3,448.

Mas e o Brasil?

O Brasil está, definitivamente, entre os locais mais inseguros do mundo. Das 163 nações estudadas, nosso país aparece estável em 132º lugar com uma nota 2,462. O território nacional ainda é um dos mais perigosos da América do Sul, atrás apenas de Venezuela e Colômbia. Já o mais seguro do continente é o Uruguai, que com a nota 1,798, conquistou o 50º lugar global.

Um dos maiores problemas do Brasil, segundo o IEP, é a segurança da sociedade e do território, que o tornam o 13º pior país do mundo neste quesito. Em guerra, a Ucrânia conseguiu uma pontuação melhor do que a do Brasil na categoria e é atualmente a 19ª nação mais insegura. Por aqui, há também o 29º maior custo econômico proporcional (ao PIB) da violência em todo o mundo.

Critérios de avaliação

Para avaliar a paz em um país, o IEP analisa três grandes grupos — nível de militarização, extensão de conflito internacional e doméstica, segurança social e do domínio — em que estão inclusos 23 indicadores qualitativos e quantitativos, como níveis de encarceramento da população, taxas de homicídios, número de mortes por conflitos internos, percepções de criminalidade e etc.

Os 10 destinos mais seguros do mundo para visitar

1º: Islândia

Este é o 16º ano consecutivo que a Islândia é considerada a nação mais segura do mundo, desde o surgimento do ranking em 2008. Apesar de ter o menor gasto militar e mais baixa taxa de conflitos internacionais em todo o planeta -- não dividir fronteiras com outros países ajuda -- sua nota piorou em cerca de 4% no período graças a um aumento nos índices de homicídios e nos riscos de terrorismo.

 2º: Dinamarca

A Dinamarca subiu uma posição desde 2022, quando ficou em terceiro, e se destacou pela eficácia de suas instituições governamentais, baixos níveis de corrupação e distribuição igualitária de recursos. O país ainda é famoso por ser "o mais feliz do mundo", segundo seus próprios cidadãos.

3º: Irlanda

A Irlanda saltou cinco posições desde 2022, do oitavo lugar para o terceiro. No ano passado, foi a primeira vez que ela apareceu no top 10, o que indica uma tendência de crescimento na tranquilidade dentro da nação. Os três países mais seguros do mundo hoje estão na Europa.

4º: Nova Zelândia

Mesmo após cair duas posições em relação ao ranking do ano passado, a Nova Zelândia segue como o país mais seguro da região da Ásia e do Pacífico. O número de protestos violentos, taxa de prisões e impactos do terrorismo caiu nos últimos doze meses, mas houve piora na militarização do país -- especialmente na questão de importação e exportação de armas.

5º: Áustria

Forte representante na lista, a Áustria perdeu apenas uma posição em relação a 2022. Sua capital, Viena, ainda foi considerada a melhor cidade do mundo para se viver em 2023, na avaliação do núcleo de inteligência da revista The Economist.

6º: Singapura

Estreante na lista, Singapura ficou no top 5 nas categorias segurança (4º), conflito em andamento (3º). É o segundo país mais seguro da região da Ásia e do Pacífico.

7º: Portugal

Portugal fez progressos significativos em termos de paz nos últimos anos. Em 2014, o país saía de uma crise econômica e aparecia em 18º no ranking. Apesar de ter caído três posições em relação a 2022, hoje possui baixos índices de criminalidades, saúde acessível, economia estável e clima ensolarado do Mediterrâneo atraindo turistas e imigrantes -- especialmente brasileiros.

8º: Eslovênia

A Eslovênia estreou no top 10 em 2020, mas não deixou a lista desde então. Mesmo tendo caído do quinto lugar para o oitavo no último ano, oferece baixos índices de criminalidade e terrorismo, além de belas paisagens com castelos e lagos, que encantam turistas e moradores.

9º: Japão

Em segundo lugar, apenas atrás da Finlândia, em termos de segurança, o Japão se consolida como um país seguro, com baixos índices de incidentes com armas de fogo. O país reabriu suas fronteiras para turistas apenas este ano, então segue em recuperação econômica pós-pandemia.

10º: Suíça

Apesar de altos índices de exportações de armas per capita, a Suíça compensa com altos indicadores de segurança e paz em outros aspectos. Fonte: De Nossa UOL - 06/07/2023  

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sombra na cortina

Empresa oferece “sombra” para dar segurança a mulheres que vivem sozinhas
Uma projeção na cortina dá a impressão de que há sempre alguém em casa. A ideia é de uma gestora imobiliária em Tóquio para dar mais segurança a mulheres que moram sozinhas.
As japonesas apostam numa alternativa pouco convencional para a segurança.  É o “Homem na Cortina”. Trata-se de uma projeção que serve para dar a impressão de que há sempre alguém em casa. E não somente isso:  o companheiro da moradora é um lutador de box aparentemente bem ativo, num treinamento contínuo.  Um celular conectado a um projetor  lança a sombra na cortina. O “sombra” pode fazer exercícios de karatê, balança um bastão de baseball, se vestir, toca violão ou usa um aspirador de pó na casa.  Quem ousaria invadir a casa e interromper o “companheiro” da moradora? A ideia dedicada a mulheres é de uma  empresa gestora  de apartamentos em Tóquio.  A capital japonesa tem 1,4 milhão de mulheres que moram sozinhas. Fonte: Deutsche Welle – 02.05.2018

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Celular é levado em 57% dos roubos na cidade de São Paulo

Levantamento da Secretaria da Segurança Pública mostra que assaltos a pedestres em que o ladrão leva telefone, documento ou dinheiro são os casos mais registrados em SP
Se você já teve documento, dinheiro e celular,  roubados de forma violenta enquanto caminhava pela rua, saiba que se encaixa no perfil mais comum de vítima de crime no Estado de São Paulo. É o que mostra um levantamento da Secretaria da Segurança Pública sobre roubos registrados no Estado entre os meses de janeiro e junho deste ano. Roubo é o tipo de crime que mais cresce em São Paulo. Está no 13.º mês seguido de alta, no Estado e na capital. No primeiro semestre, aumentou 29,5% e 38%, respectivamente. Só em junho, a cada hora foram 35 casos no Estado e 18 na capital. Fonte: Estadão-03 Agosto 2014

Comentário: A cada três minutos um aparelho celular é roubado em São Paulo. Estimativa até Julho, 100 mil celulares roubados. A maioria das vítimas não faz o boletim de ocorrência. Segundo levantamento da F-Secure, empresa especializada em segurança digital o Brasil é o segundo país com mais roubo de celulares no mundo. 25% dos brasileiros afirmaram que já tiveram o dispositivo móvel roubado ou perdido. O Brasil tem 273 milhões de celulares até fevereiro de 2014. O País só perde para a Índia, com índice de 35%.A média mundial é de 11%, sendo que o Japão apresenta o menor índice de perda e furto de aparelhos (2%), seguido pela Alemanha (3%) e Finlândia (4%).  Para  F-Secure o maior problema de ter um celular, ou outro dispositivo móvel, roubado é quando não existe um backup do conteúdo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Wikileaks: Cuba acogió a miembros de las Farc, el ELN y ETA

El documento, enviado el 27 de febrero de 2009, señala que el Gobierno de Cuba permite a miembros de estos grupos "disfrutar de descanso y relajo, así como de recibir cuidados médicos y otros servicios".

Cuba acogió en su territorio a miembros de la banda terrorista ETA y de la guerrilla de las Farc, según uno de los cables enviados por los diplomáticos de Estados Unidos en La Habana a Washington, filtrado por Wikileaks.

Según la filtración de este sitio web al diario El País, Estados Unidos tuvo constancia el año pasado de la presencia de terroristas de ETA y de las Farc en la isla.

Para Estados Unidos, la presencia de los terroristas en la isla no supone en sí un motivo de alarma, pues considera "poco probable que lleven a cabo una operación terrorista", según el cable que firma el jefe de la Oficina de Intereses de Estados Unidos en La Habana, Jonathan Farrar.

El documento, enviado el 27 de febrero de 2009, señala que el Gobierno de Cuba permite a miembros de ETA, de las Farc y del Eln, "disfrutar de descanso y relajo, así como de recibir cuidados médicos y otros servicios".

La nota dice que "las actividades específicas de estos grupos" son desconocidas, pero sí se ha podido "corroborar que los miembros de ETA que asesoran a las Farc han pasado tiempo en Cuba y que, incluso, algunos tienen a familiares en el país".

El cable insiste en que "hay pocas probabilidades de que desarrollen una actividad operacional debido a la necesidad de contar con un santuario seguro".

Más allá, el documento explica que no se ha visto "evidencia" de que La Habana permita a estos "servicios de inteligencia hostiles planear en Cuba operaciones terroristas y en contra de Estados Unidos".

Es sabido en la comunidad diplomática, dice el cable, "que el Gobierno de Cuba está ansioso por evitar dar a Estados Unidos un motivo racional que le permita llevar a cabo operaciones antiterroristas contra ella".

El informe que envió el jefe de la misión diplomática estadounidense habla también de los lazos entre el Gobierno de Cuba y las organizaciones colombianas.

"Los informes indican también que el Gobierno de Cuba tiene influencia en las Farc. El Departamento Internacional del Partido Comunista de Cuba guarda una estrecha relación con el Partido Comunista Clandestino de Colombia (PCC), que sirve como el ala política de las Farc, y en cierto sentido también del Eln", concluye. Fuente: Semana - Jueves 2 Diciembre 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Rio de Janeiro: vive estado de guerra contra o tráfico

Balanço oficial da PM contabiliza 35 mortos no Rio; cem veículos foram queimados

Subiu para 35 o número de mortos em consequência da troca de tiros entre a polícia e os criminosos no Rio de Janeiro, que começou no bairro de São Cristóvão, na zona norte, e terminou na zona portuária, no Santo Cristo. O número foi divulgado na tarde desta sexta-feira (26) no balanço oficial da Polícia Militar.

Pelas informações passadas pela Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, mais seis pessoas morreram ao longo do conflito --quatro na quarta-feira e mais duas na sexta-feira.

Nos seis dias de conflito, a PM diz que foram apreendidas dezenas de armas, granadas, drogas e garrafas de gasolina. Cem veículos foram incendiados, entre eles, vários ônibus.

Na região portuária, os policiais prenderam dois suspeitos com garrafa de gasolina e coquetéis molotov. Em Mesquita, duas pessoas ficaram feridas e duas armas foram apreendidas.

O Rio de Janeiro vive uma guerra contra o tráfico. Hoje, policiais e integrantes das Forças Armadas continuam a ocupação da favelas dominadas pelo tráfico. Policiais civis, militares e federais foram alvos de disparos de traficantes na tentativa de entrar no Complexo do Alemão. As operações em morros e favelas visam acabar com a série de ataques, arrastões e incêndios em veículos.

Falar em cena de guerra não é exagero: veículos blindados da Marinha estão sendo usados nas operações. Ontem à noite, o Ministério da Defesa liberou 800 homens para reforçar os trabalhos de combate ao tráfico no Rio. Mesmo assim, os bandidos desafiam as autoridades e continuam impondo tentativas de ataques.

Durante a semana, motoristas foram vítimas de arrastões, foram roubados e tiveram seus veículos incendiados. Virou rotina a interceptação de ônibus por grupos armados que obrigavam os passageiros a descer e ateavam fogo aos veículos.

O cenário de guerra tomou conta da cidade no início da manhã de quinta, numa operação em que soldados do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) puseram em prática uma operação para a ocupação da Vila Cruzeiro, que integra o complexo de favelas da Penha. Seria o local onde, de acordo com a polícia, estaria o comando da onda de ataques organizados pelos criminosos.

Na manhã de quinta, um longo comboio da polícia com sete veículos blindados e carros de assalto da Marinha se deslocava para a Vila Cruzeiro. Ao lado da igreja da Penha, as tropas do Bope se concentraram e recebiam as últimas instruções antes de iniciar a ocupação da Vila Cruzeiro. Simultaneamente, veículos eram incendiados em pontos diferentes da cidade. Um grupo de 200 policiais civis participou de uma ação no Jacarezinho que terminou com nove homens mortos (traficantes, segundo a polícia).

Fonte:UOL Notícias -26/11/2010  

Veja cronologia da violência no Rio de Janeiro

 21 de novembro de 2010 -   Série de arrastões assusta motoristas – O problema vinha sendo atribuído à implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à expulsão de traficantes das favelas. Leia mais

22 de novembro de 2010- Total de mortos: 3  Criminosos queimam carros – os ataques seriam uma represália a uma operação do Batalhão de Irajá na favela Cajueiros, em Madureira, na zona norte. Informações davam conta de que traficantes de duas facções -Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos)- teriam se unido para enfrentar a polícia. Leia mais

23 de novembro de 2010 - Total de mortos: 8  Cabine da PM é atacada – Ataques seriam retaliação às UPPs e à transferência de presos para presídios federais. A Polícia Militar inicia uma megaoperação em 18 favelas, por tempo indeterminado. Um bilhete interceptado em outrubro gera a troca de comando no presídio de segurança máxima de Catanduvas (487 km de Curitiba). O plano de ataque às UPPs deveria ser entregue a dois líderes da facção criminosa Comando Vermelho: Marcos Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP. s

24 de novembro de 2010 - Total de mortos: 23  Megaoperação - O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PM entrou em quatro comunidades da Penha, zona norte, com sete caveirões. Governo do Rio transfere para Catanduvas oito presos acusados de ordenar ataques. Leia mais

25 de novembro de 2010- Total de mortos: 31  Vila Cruzeiro ocupada - Blindados da Marinha chegam à Vila Cruzeiro na megaoperação que reuniu 250 homens e expulsou cerca de 200 traficantes da favela. Imagens de helicópteros de emissoras de TV mostram o momento em que os bandidos fogem pelo matagal em direção ao Complexo do Alemão e o morro é ocupado pela polícia. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, comemora o resultado a operação, anuncia novas ações e diz que o objetivo do Estado é retirar território do tráfico. Leia mais

26 de novembro de 2010- Total de mortos: 35*  Exército chega ao RJ - Com 800 homens do Exército, 300 agentes da Polícia Federal, 200 da Polícia Civil e 200 da Polícia Militar, continuam as operações para tentar conter os ataques no Rio de Janeiro.

Ao todo, cem veículos foram queimados e mais de 30 pessoas foram mortas, segundo a Polícia Militar. Extraoficialmente, seriam mais de 40 mortos. A polícia encontra duas toneladas de drogas na Vila Cruzeiro, além de armas, munições, coletes, entre outros. Leia mais

Fonte:  UOL Notícias -26/11/2010

Comentário: Os filmes Tropa de Elite 1 e 2 retratam o mundo do tráfico. De um lado o fornecedor (traficante) e de outro uma parcela da sociedade carioca consumidora de drogas. Essa parcela consumidora tem muita influência na mídia, isto é, formadora de opinião e modismo. São a classe média, os artistas  e os intelectuais que buscam o estado de nirvana através das drogas.

Circula na internet desde 2007 um artigo com várias versões que retrata muito bem esse problema e não há como confirmar o autor.

Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília , critica o "cinismo" dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas.

Guedes desafia a todos que "tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro".

"Eles ajudaram a destruir o Rio".

É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro.
Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.

Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.  
Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.

Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.

Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira, por extensão. Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.

Festa sem cocaína era festa careta.

As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.

Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou.
Onde há demanda, deve haver a necessária oferta.

E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa-lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.

Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.

São doentes os que consomem.
Não sabem o que fazem.
Não têm controle sobre seus atos.
Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas
três últimas décadas venham a público assumir:
"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro."
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes."

Fonte: Jornal de Brasília