Páginas
sexta-feira, 29 de março de 2024
O que é a Sexta-Feira Santa
Embora a Sexta-Feira Santa
esteja ligada ao domingo de Páscoa, as datas têm origens e significados
diferentes para cristãos e judeus. Para os seguidores de Jesus Cristo, a
Sexta-Feira Santa é o dia em que o Filho de Deus teria sido crucificado e
morto. E a Páscoa, para os cristãos, celebra sua ressurreição.
Os judeus, por sua vez,
celebram apenas a Páscoa, que relembra a liberação do povo judaico da escravidão
no Egito, chamada de "Pessach".
A Sexta-Feira Santa está
dentro da chamada Semana Santa, em que os católicos celebram a última semana de
Cristo. Tudo começa no Domingo de Ramos, o último antes do domingo de Páscoa, o
qual marca a entrada de Jesus em Jerusalém. A quinta-feira é o dia da Última
Ceia de Jesus e quando ele lavou os pés dos discípulos. Na sexta-feira, houve a
crucificação e no domingo, é a ressurreição.
Fontes: Anderson Batista Monteiro, padre e professor do departamento de Teologia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro. Fabio de Souza Balbino, padre e professor do departamento de Teologia da PUC-Rio; UOL, em São Paulo-29/03/2024
segunda-feira, 25 de março de 2024
domingo, 24 de março de 2024
Dengue: Brasil registra mais de 2 milhões de casos
A fêmea adulta do Aedes
aegypti após uma refeição de sangue. — Foto: Centros de Controle e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos (CDC)
O Ministério da Saúde contabiliza mais de 2 milhões de casos de dengue no Brasil em 2024.
Do total de 2.010.896 casos
prováveis,
1.
682 resultaram em
morte – número que pode aumentar, uma vez que há ainda 1.042 óbitos em
investigação.
2.
De acordo com
balanço divulgado pelo ministério, o coeficiente de incidência da doença está
em 990,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA
Com 161.299 casos prováveis,
o Distrito Federal é a unidade federativa com maior coeficiente de incidência
(5.725,8).
Em segundo lugar, está Minas
Gerais, com coeficiente de incidência em 3.295; e 676.758 casos prováveis. Na
sequência estão Espírito Santo (coeficiente em 1.982,5 e 75.997 casos
prováveis;
Paraná (coeficiente em
1.653,2 e 189.179 casos prováveis); e Goiás (coeficiente em 1.565,3 e 110.433
casos prováveis).
No Rio de Janeiro, o coeficiente de incidência
está em 933,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Lá, já são 149.797
casos prováveis.
A unidade da federação com
maior número de casos prováveis é São Paulo (379.222). O coeficiente registrado
no estado, segundo o levantamento, é de 853,7 casos para cada grupo de 100 mil
habitantes.
Na quarta-feira (20), a
secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel
Maciel, destacou que os três primeiros meses de 2024 registram mais casos
graves de dengue do que em todo o ano de 2023, quando foram contabilizados
pouco mais de 1,6 milhão de casos. Naquele ano, a doença matou 1.094 pessoas.
Há ainda 218 óbitos sob investigação.
CASOS MAIS GRAVES
“Estamos tendo muito mais casos graves que no
ano anterior”, disse, ao lembrar que, até então, na série histórica, 2023 havia
sido o ano com maior número de casos graves da doença. “Temos muito mais
pessoas chegando [com quadro] grave aos serviços de saúde. Esse é um importante
ponto de alerta para nós”, acrescentou a secretária.
TEMPO MÉDIO DOS SINTOMAS
Na oportunidade, ela informou
que o tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação de caso de dengue
é de quatro dias. O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação
também é de quatro dias. Já o tempo médio entre o início dos sintomas e o óbito
é de seis dias, enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais
de gravidade é de cinco dias.
“O quarto dia tem sido um alerta de que as pessoas podem agravar o quadro de saúde. Então, um monitoramento que faça com que essa pessoa volte no quarto dia da doença pode salvar muitas vidas”, destacou Ethel Maciel. Fonte: Agência Brasil- Brasília -Publicado em 22/03/2024
sexta-feira, 22 de março de 2024
sábado, 16 de março de 2024
quarta-feira, 13 de março de 2024
quinta-feira, 7 de março de 2024
domingo, 3 de março de 2024
Quantidade de lixo entulhado na ponte que liga Brasileia e Epitaciolândia no Acre
O nível do Rio Acre subiu 14
centímetros nas últimas 24 horas em Rio Branco. De acordo com dados da Defesa
Civil Municipal, o manancial marcou 17,66 metros na medição das 9h deste
domingo, 3. São 3,66 metros acima da cota de transbordo, que é de 14 m.
Rio Branco tem mais de 3 mil
pessoas desabrigadas e mais de 11 mil desalojadas, ou seja, que foram levadas
para casas de parentes. A cidade tem 11 abrigos, sendo 10 em escolas públicas e
um no Parque de Exposições.
A enchente atinge 45 bairros
na capital acreana e 18 comunidades rurais, sendo que quatro estão isoladas.
Mais de 60 mil pessoas estão afetadas pela enchente em Rio Branco.
Com base nos dados de ocorrências disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 13 cidades do Acre estão em situação mais críticas, há 83 abrigos públicos atendendo 9.049 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.826 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Fonte: Gazeta do Acre - 03/03/2024
sexta-feira, 1 de março de 2024
Os perigos, vícios e diversões da vida noturna na Roma antiga
Quando o sol baixava, Roma se tornava algo bem
diferente das imagens de filmes e séries
Muitos de nós conseguem
imaginar os brilhantes espaços cobertos de mármore da Roma antiga em um dia
ensolarado, porque esta é a imagem exibida por filmes e séries, além dos livros
de história.
Mas o que acontecia ao
anoitecer?
Mais especificamente, o que
acontecia com a grande maioria da população da cidade imperial que vivia em
casas abarrotadas e não nas amplas mansões dos mais ricos?
Lembre-se de que, no século 1
a.C., na época de Júlio César, a Roma antiga era uma cidade de 1 milhão de
habitantes: ricos e pobres, escravos e ex-escravos, nativos e estrangeiros.
Foi a primeira métropole
multicultural do mundo, com bairros marginais, residências de múltiplas
ocupações e zonas de aterros sanitários - e tendemos a nos esquecer disso tudo
quando nos concentramos em suas magníficas colunas e praças.
Então, como era a cidade de
Roma, a verdadeira Roma, depois que se apagavam as luzes?
CAMINHAR PELAS RUAS PODIA SER
FATAL
O melhor ponto de partida é a
sátira do poeta Juvenal, que evocou uma imagem desagradável da vida cotidiana
em Roma ao redor de 100 d.C..
O poeta Juvenal escreveu uma
sátira sobre as noites da Roma antiga.Juvenal alertou sobre os riscos de
caminhar pelas ruas ao anoitecer sob janelas abertas. No melhor dos casos,
podiam chover os excrementos armazenados durante o dia. No pior, uma pessoa
podia ser acertada na cabeça pelos objetos lançados dos andares superiores.
"Penses nos
diferentes e diversos perigos da noite. (...)
Se tu fores a um jantar
sem um testamento, merecerás a pena de ser chamado de incauto e indiscreto,
porque estarás sujeito a muitos perigos.
Há morte sob cada janela
aberta em seu caminho.
Farás bem, portanto, se ao
céu pedires que a maior desgraça que tentem te causar, seja que se contentem em
banhar-te, jogando sobre ti o vaso pestilento."
Juvenal também fala do risco
de topar com pessoas ricas que passeavam com seus mantos escarlates e comitivas
de seguidores parasitas e empurravam para o lado quem estivesse em seu caminho.
MAS ESTA VISÃO DO POETA DE
ROMA À NOITE É PRECISA?
Foi realmente um lugar onde
coisas caíam sobre as cabeças dos transeuntes, onde os ricos e poderosos te
derrubavam no chão e passavam por cima e no qual, como Juvenal observa em
outras passagens, uma pessoa corria o risco de ser assaltada e roubada por
gangues de bandidos? Provavelmente, sim.
NÃO HAVIA FORÇA POLICIAL
Fora do esplêndido centro
cívico, Roma era um labirinto de ruelas estreitas e corredores. Não havia
iluminação pública, nem locais adequados onde jogar fora excrementos ou, ainda,
vigilância de uma força policial. Ao anoitecer, deve ter sido um lugar
ameaçador.
A única proteção pública
possível de esperar era a força paramilitar dos vigias urbanos. O que
exatamente faziam e quão efetivos eram são pontos abertos para debate.
Os vigias deveriam proteger
Roma de incêndios, mas, quando a cidade ardeu em 64 d.C., eles aproveitaram
para saquer
Estavam divididos em
batalhões, e sua principal tarefa era vigiar o surgimento de incêndios, algo
frequente nos blocos de casas mal construídas, com braseiros ardendo nos
andares de cima.
Mas havia poucas ferramentas
para lidar com eles, além de uma pequena quantidade de vinagre, algumas mantas
para sufocar as chamas e hastes pesadas para derrubar as construções vizinhas e
evitar que o incêndio se propagasse.
Às vezes, eles se tornavam
heróis. De fato, há um memorial para um vigia em Ostia, perto de Roma, que
tentou resgatar pessoas presas pelo fogo e morreu no processo - seu enterro foi
pago pelo poder público.
Mas nem sempre eram tão
altruístas. No grande incêndio de Roma do ano 64 d.C., a história conta que os
vigias participaram dos saques à cidade e se aproveitaram de seu conhecimento
sobre ela para encontrar grandes riquezas.
PROTEÇÃO POR CONTA PRÓPRIA
De qualquer forma, os vigias
não eram uma força policial e tinham pouca autoridade quando ocorriam pequenos
delitos noturnos.
OS ROMANOS NÃO TINHAM PROTEÇÃO APÓS A CHEGADA
DA NOITE
Quem fosse vítima de um,
tinha de se defender sozinho, como mostra um caso particularmente difícil
discutido em um antigo manual sobre direito romano.
O caso se refere a um
comerciante que mantinha seu negócio aberto à noite e deixou uma luminária no
balcão que dava para a rua. Quando o objeto foi roubado, o dono da loja
perseguiu o ladrão, e eles começaram a brigar.
O criminoso tinha uma arma -
um pedaço de corda com um metal na ponta - e a usou contra o comerciante, que
reagiu com um golpe tão forte que arrancou o olho do ladrão.
O dilema dos advogados
romanos era se o comerciante era responsável pelo ferimento. Em um debate que
ecoa alguns dos nossos próprios dilemas de até onde o dono de um negócio ou
imóvel pode ir para se defender de um criminoso, os advogados disseram que o
ladrão estava armado e havia dado o primeiro golpe, portanto, devia assumir a
responsabilidade de ter pedido um olho.
O incidente é um bom exemplo
do que poderia ocorrer nas ruas de Roma depois do anoitecer: pequenas brigas
podiam ganhar grandes proporções e uma vasilha jogada de uma janela poderia ser
fatal.
BARES E JOGOS DE AZAR
Mas a noite romana não era
apenas perigosa: era também divertida. Havia clubes, tabernas e bares abertos
até altas horas.
Ainda que uma pessoa compartilhasse
uma casa pequena com muita gente, se fosse um homem, poderia escapar do aperto
por algumas horas para beber, fazer apostas ou se divertir com as garçonetes.
A elite romana desprezava
estes locais. Ainda que o jogo fosse uma das atividades favoritas da sociedade
romana - dizia-se que o imperador Claudio havia escrito um manual sobre o tema
-, isso não impediam que as classes mais altas denunciassem os maus hábitos dos
pobres e seu vício em jogos de azar.
Felizmente, temos algumas
imagens da diversão em bares romanos do ponto de vista dos cidadãos comuns e
não de seus críticos. Elas não estão em Roma, mas nas paredes dos bares de
Pompeia, e mostram cenas típicas: grupos de homens sentados ao redor de mesas,
pedindo outra rodada de bebidas, a interação entre clientes e garçonetes e uma
grande quantidade de jogos. Há até indícios de violência.
E OS RICOS?
Onde estavam os mais ricos
durante essa agitada vida noturna nas ruas? A maioria estava comodamente
dormindo em suas camas, em casas luxuosas, com o auxílio de escravos e a
proteção de cães de guarda.
Por trás das suas portas,
reinava a paz - a menos, é claro, que houvesse um ataque -, e só ouviam os sons
da vida dura nas ruas. Mas havia romanos na elite para quem a vida nas ruas era
muito mais emocionante, e era ali que eles queriam estar.
O imperador Nero costumava
vagar pelas ruas de Roma disfarçado para se divertir e provocar confusão
Nas ruas de Roma, podia-se
encontrar o imperador Nero em suas noites livres. Ao anoitecer, segundo conta
seu biógrafo Suetônio, ele se disfarçava, visitava os bares da cidade e vagava
pelas ruas, provocando confusão com seus companheiros.
Quando cruzava com homens a
caminho de casa, os golpeava. Quando tinha vontade, invadia lojas fechadas e
vendia no palácio o que roubava. Também se metia em brigas e, aparentemente,
corria com frequência o risco de ser ferido ou morto.
E, ainda que muitos dos ricos
evitassem sair de casa depois do anoitecer, outros faziam isso acompanhados por
escravos que atuavam como seguranças privados ou um grande séquito de
ajudantes, em busca de diversão.
Pelos relatos de Suetônio,
talvez um dos maiores perigos de se andar à noite em Roma fosse encontrar o
imperador. Fonte: BBC History - 26 março
2019