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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Lula decide não extraditar o italiano Cesare Battisti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (31), em nota, que decidiu não extraditar o ex-militante italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando participava de um grupo armado.


A nota foi lida por Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores de Lula.

A decisão foi baseada em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), feito com base nos termos da Constituição brasileira, nas convenções internacionais sobre direitos humanos e do tratado de extradição entre o Brasil e a Itália.

Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) expedir alvará de soltura do ex-ativista. É um ato formal de execução da decisão do presidente da República.

Em novembro de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a extradição do italiano, mas definiu que a decisão final caberia ao presidente da República.

No início da semana, o presidente disse que anunciaria sua decisão antes do fim de seu mandato, que termina no dia amanhã, dia 31 de dezembro. Na mesma ocasião, ele afirmou que se basearia em um parecer sobre o assunto da AGU (Advocacia-Geral da União). O órgão defendeu junto que se concedesse o status de refugiado a Battisti.

A demora e cautela do anúncio da decisão se baseavam, além da implicação diplomática, o risco à vida de Cesare Battitsi caso ele regressasse à Itália.

Sobre a reação italiana antes mesmo da divulgação da decisão, Amorim disse que não há motivos para preocupação. “Nós não temos nenhuma razão para estar preocupados com a relação com a Itália. O Brasil tomou uma decisão soberana dentro dos termos previstos no tratado. As razões estarão explicadas neste parecer que será publicado no site da AGU (Advocacia Geral da União). A razão de eu estar aqui é porque, ontem, houve uma nota da presidência do Conselho de Ministros italianos. Então, é natural que o ministro das Relações Exteriores do Brasil faça a comunicação”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Reação italiana

Antes do anúncio da decisão de Lula, o governo da Itália declarou que se reservava "o direito de considerar todas as medidas necessárias para obter o respeito ao tratado bilateral de extradição" com o Brasil. Em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", desta quinta-feira, o ministro da defesa italiano, Ignazio La Russa, também disse que caso o Brasil concedesse o status de refugiado político a Battisti, o país não ficaria “isento de consequências”.

Em 1989, o Tratado de Extradição foi assinado pelos governos brasileiro e italiano e sua ratificação só entrou em vigor quatro anos depois. Para a defesa de Battisti, a permanência dele no país estaria garantida pelo próprio tratado, cujo artigo 3 estabelece que a extradição pode ser negada nos casos em que há "razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal; ou que sua situação possa ser agravada por um dos elementos mencionados".

Histórico

Battisti fora julgado por um tribunal italiano que o considerou culpado pelos assassinatos de quatro pessoas entre 1977 e 1979. Na época, estava na França, onde tinha o status de refugiado político. Em 2004, quando o governo francês cogitou revogar seu status e entregá-lo à Itália, Battisti fugiu.

Cesare Battisti foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007, durante uma operação conjunta realizada por agentes de Brasil, França e Itália. De lá foi encaminhado o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde permanece desde então.

A defesa de Battisti alega sua inocência e afirma que o italiano seria vítima de uma "perseguição política" por parte do governo italiano.

Em novembro de 2009, o STF anulou o status de refugiado concedido a Battisti e defendeu sua extradição à Itália, mas a decisão final sobre seu futuro dependeria do presidente da República.

Veja a íntegra da nota

"O presidente da República tomou hoje a decisão de não conceder a extradição ao cidadão italiano Cesare Battisti, com base em parecer da Advocacia Geral da União. O parecer considerou atentamente todas as cláusulas do Tratado de Extradição entre o Brasil e Itália, em particular a disposição expressa na letra “f”, do item 1, do artigo 3 do Tratado, que cita, entre as motivações para a não extradição, a condição pessoal do extraditando. Conforme se depreende do próprio Tratado, esse tipo de juízo não constitui afronta de um Estado ao outro, uma vez que situações particulares ao indivíduo podem gerar riscos, a despeito do caráter democrático de ambos os Estados. Ao mesmo tempo, o Governo brasileiro manifesta sua profunda estranheza com os termos da nota da Presidência do Conselho dos Ministros da Itália, de 30 de dezembro de 2010, em particular com a impertinente referência pessoal ao Presidente da República." Fonte:UOL Notícias-31/12/2010 


Comentário:  O Lula como sua esperteza política deixou para o ultimo dia de seu governo esse ato para evitar críticas mais contundentes. Agora para coroar com êxito o abrigo ao terrorista, ele muito provável trabalhará para o governo. O governo está cheio de ninhos de aves raras da esquerda.  É um país que almeja ser grande, mas sem responsabilidade. É o leão de circo, banguelo, que alegra apenas a platéia desse circo mambembe, que é esse governo, no seu ultimo ato derradeiro.  Como são dois países irmãos, latinos, confusos, as leis são sinuosas e um dos símbolos da união é a pizzza. Deve acabar o imbróglio com os pizzaiolos assando um pizza da amizade.

Operária que inspirou famoso cartaz da Segunda Guerra morre nos EUA


Morreu nos EUA Geraldine Doyle, americana cuja foto inspirou um famoso cartaz elogiando os esforços das operárias americanas durante a Segunda Guerra (1939-45). Doyle morreu no domingo (26) em Lansing, no Michingan, aos 86 anos.

Uma foto de Doyle aos 17 anos, quando trabalhava em uma fábrica, serviu de modelo para o famoso cartaz de uma mulher vestindo um lenço na cabeça e mostrando um musculoso bíceps, informou o "Lansing State Journal".

Chamada "We Can Do It!" ("Nós podemos fazer isso!", em tradução livre), a imagem inspirou filhas, irmãs e mães a trocar o trabalho doméstico por empregos em fábricas no Michigan e ao redor dos EUA, enquanto os homens estavam longe de casa, lutando na guerra.

"Ela era definitivamente uma das Rosies", disse Sandy Soifer, diretora-executiva do Centro Histórico e Hall da Fama das Mulheres de Michigan, referindo-se à fictícia "Rosie the Riveter", nome dado às mulheres trabalhando em fábricas durante a guerra.

"Acreditamos que ela é a modelo do desenho que é o mais normalmente usado nos cartazes e produtos", disse Soifer.

"Rosie the Riveter" é também o nome de uma música popular dos anos 1940, e o nome de um quadro de Norman Rockwell, de uma operária segurando uma ferramenta.

Doyle disse ao "Lansing State Journal" em 2002 que até 1984 --quatro décadas depois-- ela não tinha se dado conta de que era o rosto estampado no cartaz, patrocinado pelo Comitê de Coordenação de Produção da Guerra dos EUA. Fonte: Folha.com - 30/12/2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Soy loco por ti, Cuba




Na tentativa de economizar e de desacostumar seus cidadãos dos subsídios dados pelo governo, Cuba anunciou na quarta-feira que retirará o sabão, a pasta de dente e o detergente da cesta básica mensal com comida e bens de consumo que entrega desde os primeiros dias da revolução cubana.

O corte mais recente na cesta básica, conhecida como "libreta", entra em vigor em 1o de janeiro, após resolução publicada no diário oficial do governo.

Esses produtos serão vendidos em lojas a preços fixos, que vão de 5 pesos a 25 pesos (de 0,23 dólar a 1,13 dólar).

Os cubanos, que têm salário mensal médio de 20 dólares, reclamam de sua situação econômica e têm mostrado preocupação com os cortes na cesta básica.

O governo comunista retirou anteriormente da cesta básica itens como batata e cigarro. A "libreta" foi criada para garantir que os cubanos não passassem fome após a revolução de 1959, que colocou Fidel Castro no poder, e após o embargo comercial imposto pelos Estados Unidos.


O irmão mais novo de Fidel, Raúl Castro, é o atual presidente e lançou uma campanha para reduzir os gastos governamentais e fazer os cubanos pagarem pelos seus próprios bens.

Ele disse que a saúde e a educação na ilha seguirão sendo gratuitas, mas que outros subsídios serão cortados.

Fonte: Yahoo Noticias - Qui, 30 Dez, 2010 

Comentário: Os nostálgicos comunistas, socialistas devem pensar; Soy loco por ti, Cuba, quanto mais distante melhor. Imagina sentado num barzinho em Ipanema, saboreando um belo petisco, bebendo um uma loira gelada, enquanto do outro lado do Atlântico, os cubanos com cesta básica e sem sabonete e pasta de dente.Esse é o regime socialista cujo lema   era produção em massa para atender os anseios do povo. Virou um quadro de museu. A esquerda latina não comenta nada, todos viraram neo-capitalista.

Governo lança novo documento de identidade



Será lançado hoje, em Brasília, o Registro de Identidade Civil (RIC), o novo documento de identidade dos brasileiros, que deve substituir o atual RG. A carteira de identidade continuará válida pelo menos até que todos os cidadãos tenham sido recadastrados, segundo informações do Ministério da Justiça.

O novo documento conta com diversos mecanismos de segurança, além de um chip, onde estarão armazenadas as impressões digitais do titular e informações como sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, data de expedição, data de validade do cartão e dados referentes a outros documentos, como título de eleitor e CPF.

Segundo o Ministério da Justiça, com o RIC, cada cidadão passa a ter um número único baseado em suas impressões digitais do Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, que estará integrado com as bases de dados dos órgãos de identificação dos estados e do Distrito Federal.

As primeiras cidades a participarem do projeto piloto serão Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Hidrolândia (Goiás), Ilha de Itamaracá (Pernambuco), Nísia Floresta (Rio Grande do Norte) e Rio Sono (Tocantins). Nesta primeira etapa, 2 milhões de brasileiros serão selecionados para receber o RIC.

A implantação do RIC ocorrerá em um período de nove anos, com etapas graduais. Os cartões RIC emitidos em 2011 serão custeados pelo Ministério da Justiça e não terão custo para o cidadão ou para os institutos de identificação. O investimento no primeiro ano será de cerca de R$ 90 milhões. Para os próximos anos, o Comitê Gestor do RIC vai definir a origem dos recursos que vão custear as emissões, sendo possível, inclusive, parcerias público-privadas e financiamento internacional. Fonte: Yahoo Noticias - Qui, 30 Dez, 2010 

Lula - Presidente ou Molusco ou Campo petrolífero?






A Petrobras declarou a comercialidade das acumulações de Tupi e Iracema, no bloco BM-S-11, na bacia de Santos. O campo de Lula será a nova denominação de Tupi, onde a estatal estima que existam 6,5 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) de volume recuperável total. Iracema receberá o nome de Cernambi e conta com volume de óleo recuperável total de 1,8 bilhão de BOE.

Mas a declaração, depois de aceita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não significa que a estatal vá adicionar o total de 8,3 bilhões de BOE às suas reservas provadas, que em janeiro de 2010 estavam em 12,143 bilhões de BOE pelo critério da Securities and Exchange Commission (SEC) e 14,865 bilhões de BOE pelo critério da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, na sigla em inglês).

A empresa informou que os 8,3 bilhões de barris da estimativa de óleo recuperável inclui as reservas provadas, prováveis e possíveis e que "apenas um percentual disso" será incorporado às reservas provadas em janeiro. A companhia não informou quanto será adicionado, mas estimou que o dado seja divulgado até 15 de janeiro.

Em fato relevante enviado ao mercado, a Petrobras frisou que o campo de Lula "será o primeiro campo supergigante de petróleo do país", com volume recuperável acima de 5 bilhões de BOE, enquanto Cernambi está entre os cinco maiores campos gigantes do Brasil.

Juntamente com a declaração de comercialidade, foram submetidos à agência reguladora o relatório final do plano de avaliação e o plano de desenvolvimento dos dois campos. Além da Petrobras, que é operadora e conta com 65% da área, o bloco BM-S-11 tem como sócios o britânico BGGroup (25%) e a portuguesa Galp Energia (10%).

Em relatório assinado por Emerson Leite, Marcos Guerra e Vinicius Canheu, o Credit Suisse ressaltou que o volume recuperável estimado de 8,3 bilhões de BOE ficou acima da curva de 5 bilhões a 8 bilhões de barris estimados para a área, mas destacou que a elevação era esperada, "dado o conservadorismo da estimativa anterior para o fator de recuperação", que era ao redor de 25%.

Para os analistas do Credit Suisse, outra razão para a mudança em relação ao total de óleo recuperável foram os 11 poços perfurados na área, além do teste de longa duração (TLD) de Tupi, que está em operação desde abril de 2009. Fonte: Valor Econômico - Qui, 30 de Dezembro de 2010 07:09 

Comentário: Coincidência incrível ,  vivo, ganhou um monumento . Agora é o Imperador do mar brasileiro. Coitado do Deus Netuno, foi trocado por um molusco.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Motel e o político

bligo-Motel.jpgCom menos de 1,60 metro de altura, o deputado federal pelo PMDB Pedro Novais, de 80 anos, é o tipo de político que o Congresso Nacional produz de pior. Nos cinco mandatos que já exerceu (foi eleito para o sexto neste ano), apresentou em media um projeto irrelevante por ano, faltou a cerca de 20% das sessões, praticamente não discursou e gastou sua cota de passagens com viagens para o Rio de Janeiro, onde mora ha mais de trinta anos, apesar de ter sido sempre eleito pelo Maranhão.

Assim, não foi propriamente uma surpresa ao menos para quem acompanha a sua carreira a revelação de que ele usou verba parlamentar para custear uma festa de arromba em um motel em São Luis. O dado realmente estarrecedor e que, ate a última quarta-feira, o deputado continuava a sustentar o titulo de futuro ministro do Turismo do governo Dilma Rousseff.

Salvo manifestação em sentido contrário da presidente eleita, Novais assumirá em janeiro urna pasta cobiçada por seu orçamento (são mais de 4 bilhões de reais em verbas para obras da Copa do Mundo e da Olimpíada) e que clama por um gestor eficiente para superar a crise provocada pela liberação de emendas parlamentares para entidades-fantasma. Diante disso, a sua escolha para o cargo só se justifica pelas inescrutáveis razoes da política área em que Novais tem ao menos duas qualificações: goza da confiança da cúpula do PMDB e, sobretudo, é apadrinhado do conterrâneo Jose Sarney, cujo poder de influência sobre os governos parece não ter data de vencimento.

O futuro ministro, conforme revelou o jornal O Estado de São Paulo, considerou-se merecedor de um reembolso, pelos cofres públicos, de 2 156 reais gastos em junho no Motel Caribe. A noitada, da qual participaram "vários casais", segundo afirmou ao jornal a gerente da casa, transcorreu na suíte Bahamas, uma das mais caras do estabelecimento, dotada de banheira, piscina e sauna.

Diante do descalabro, Dilma calou-se, apostando que tudo cairá no esquecimento durante as festas de fim de ano. Segundo interlocutores da presidente eleita, mesmo tendo achado o caso grave, ela não quer se indispor com o PMDB antes da posse. O  partido já deixou clara a sua insatisfação com o quinhão que lhe coube no governo. Henrique Alves, líder do partido e um dos responsáveis pela indicação de Novais, afirmou ter ficado "satisfeito" com as explicações do deputado que primeiro "reconheceu o erro", no dia seguinte atribuiu o pagamento a um assessor e, logo depois, anunciou a devolução do dinheiro a Câmara.

Em 2007, a titular do Turismo era a hoje senadora eleita Marta Suplicy. Na ocasião, o caos aéreo era ainda uma novidade. Inquirida sobre como deveriam proceder os milhares de passageiros acampados nos aeroportos, a ex-sexóloga e ex-feminista proferiu a máxima memorável: "Relaxa e goza". Novais, antes mesmo de assumir o posto, já segue a risca o conselho de sua antecessora. Fonte: Veja - 27/12/2010

Comentário: Eta velhinho já está ensaiando no Motel como é feito o turismo no Brasil.  No site do PT tem essa maravilha do marketing da ética e moral. Um dos trechos do código de ética menciona:
■ respeito à moralidade administrativa, à coisa pública e à transparência na gestão de recursos públicos de qualquer natureza, e por conseqüência, o combate a práticas patrimonialistas e clientelistas nas relações com aqueles que exercem função pública;
■ a supremacia dos interesses partidários sobre os interesses particulares, de tendências partidárias, de correntes ou grupos internos;

domingo, 26 de dezembro de 2010

Criador do WikiLeaks afirma que ganhará R$ 2,5 milhões para escreverlivro

O criador do WikiLeaks, Julian Assange, declarou em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal britânico Sunday Times já ter assinado acordos no valor de mais de um milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 2,5 milhões) para escrever sua autobiografia.

Assange indicou ao jornal que este dinheiro irá ajudá-lo a se defender das acusações de crimes sexuais às quais responde na Suécia.

"Não queria escrever este livro, mas tenho de fazê-lo", disse. "Já gastei umas 200.000 libras com despesas legais e tenho que me defender, além de manter o WikiLeaks funcionando."

O Wikileaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos. Embora no ar há alguns anos, ele ganhou destaque internacional neste ano, ao levar a público 77 mil documentos da inteligência americana sobre o Iraque e, nas últimas semanas, mais de 250 mil telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA com os bastidores da diplomacia americana.

Assange está atualmente em liberdade sob fiança no interior da Inglaterra, enquanto tenta evitar uma extradição para a Suécia.

No último dia 21, o jornal britânico "Guardian" havia informado que Assange vendeu suas memórias a uma editora nos EUA e uma no Reino Unido, e que deve ter um manuscrito pronto já em março.

Segundo o jornal, Assange vendeu suas memórias à editora Canongate, no Reino Unido, e Knopf, nos EUA, parte da Random House, pertencente à Bertelsmann AG.

A notícia dos livros vieram à tona por meio de um tuíte da editora espanhola Random House Mondadori, com o chefe da divisão literária Claudio Lopez dizendo ao mundo: "Manuscrito listo em marzo" (manuscrito pronto em março").

No Brasil, o livro deverá ser publicado pela editora Cia. das Letras. O lançamento será simultâneo em todo o mundo, mas ainda não há data definida. Fonte: Folha.com - 26/12/2010 

Comentário: É o novo tipo de capitalista da internet, o capitalista bucanero, receptador de documentos confidenciais, com um pretexto de  defender uma democracia transparente, divulga esses documentos. A essência do site Wikileaks, tudo é permitido, nada é proibido. Dizem que os documentos são interesses públicos; mas a sociedade sabe julgar ou analisar ou diferenciar  o que é interesse público da curiosidade pública?

O mais interessante o próprio Assange julga  a importância do documento ou a sua confidencialidade?  Ele julga ser um presidente da verdade, sem levar em consideração que a democracia exige regras, normas ,etc. Existe entre os Estados o direito à confidencialidade de análises de documentos. Ele acha  que a confidencialidade dos Estados não deve existir, deve ser igual as redes sociais, Facebook, Orkut, Youtube, etc.

Tudo é permitido, nada é proibido. A internet induz que os internautas  seja leniente com a ética e moral. O que prevalece na internet é furo de qualquer noticia, a rapidez da   novidade sem levar em conta a verdade ou as controvérsias, a divulgação de documentos de empresas, etc. Isso cria uma sensação de uma democracia anárquica, que tudo é permitido,. Não existem regras ou responsabilidades. E a vida dele é tão transparente assim? Ele é o presidente do Império do Mal. Como se diz: Você não sabe o poder do lado negro?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um Feliz Natal !!!!!!













Boas Festas-Autor Assis Valente


Anoiteceu, o sino gemeu


E a gente ficou feliz a rezar


Papai Noel, vê se você tem


A felicidade pra você me dar


Eu pensei que todo mundo


Fosse filho de Papai Noel


E assim felicidade


Eu pensei que fosse uma


Brincadeira de papel


Já faz tempo que eu pedi


Mas o meu Papai Noel não vem


Com certeza já morreu


Ou então felicidade


É brinquedo que não tem


 



Então É Natal


Simone


Composição: Versão: Cláudio Rabello


Então é Natal, e o que você fez?


O ano termina, e nasce outra vez.


Então é Natal, a festa Cristã.


Do velho e do novo, do amor como um todo.


Então bom Natal, e um ano novo também.


Que seja feliz quem, souber o que é o bem.


 Então é Natal, pro enfermo e pro são.


Pro rico e pro pobre, num só coração.


Então bom Natal, pro branco e pro negro.


Amarelo e vermelho, pra paz afinal.


Então bom Natal, e um ano novo também.


Que seja feliz quem, souber o que é o bem.


 Então é Natal, o que a gente fez?


O ano termina, e começa outra vez.


E Então é Natal, a festa Cristã.


Do velho e do novo, o amor como um todo.


Então bom Natal, e um ano novo também.


Que seja feliz quem, souber o que é o bem.


 Harehama, Há quem ama.


Harehama, ha...


Então é Natal, e o que você fez?


O ano termina, e nasce outra vez.


 É Natal, É Natal, É Natal. 



 










 


 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tragédia silenciosa

 


bligo-Suicidio.jpgEstima-se que o número de tentativas de suicídio supere o de mortes em pelo menos dez vezes; é possível evitar uma parcela desses óbitos


Diariamente, 25 pessoas põem fim a suas vidas no Brasil. Foram 9.090 suicídios oficialmente registrados em 2008. Para cada óbito, no mínimo cinco ou seis pessoas próximas ao falecido foram profundamente afetadas. O impacto do suicídio na vida das pessoas e da nação é silenciado pela sociedade.


Nos meios de comunicação há orientação, discutível quando adotada em termos absolutos, de não se noticiar suicídio. Silencioso, ele resta à margem das tragédias nacionais. Mas é possível evitar uma parcela dessas mortes.


Numa escala mundial, nosso coeficiente de mortalidade por suicídio é relativamente baixo: 5,4 mortes em cada 100 mil habitantes, ao longo de um ano. Esse índice cresceu 30% nos últimos 25 anos.


O coeficiente é uma média nacional e esconde importantes contrastes. Em algumas cidades, os índices equiparam-se aos de países do Leste Europeu. Ademais, como somos um país populoso, atingimos o décimo lugar mundial em número total de suicídios, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


No espectro do comportamento autoagressivo, o suicídio é a ponta de um iceberg. Estima-se que o número de tentativas supere o de mortes em pelo menos dez vezes. Um inquérito populacional elaborado pela OMS e levado a cabo por pesquisadores da Unicamp apurou que, em cada cem habitantes da cidade de Campinas, 17 já haviam pensado seriamente em pôr fim à vida e três efetivamente tentaram o suicídio.


A causa de um suicídio é invariavelmente mais complexa do que um acontecimento recente que salta à vista e que é tomado como explicação rápida para o ocorrido.


A perda do emprego ou o rompimento de um relacionamento amoroso geralmente são os fatores precipitantes. Na maioria das vezes, pessoas que põem fim à vida sofrem de um transtorno mental subjacente (fator predisponente) que aumenta a vulnerabilidade para o suicídio. Depressão e dependência de álcool são os mais frequentes.


Recentemente, nossa sociedade vem-se abrindo para discutir o tema-tabu. O suicídio passou a ser enfrentado na arena da saúde pública. Um exemplo disso é a parceria firmada entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e a Rede Globo, a partir da qual inserções de 30 segundos entram na programação da televisão.


Há, hoje, considerável informação a respeito do que, em vários países, deu certo em prevenção.


Exemplo recente foi um estudo realizado em serviços médicos de vários países, entre os quais o Hospital de Clínicas da Unicamp, que acompanhou, desde o atendimento em um pronto-socorro, 1.867 pessoas que tentaram o suicídio.


Metade delas, após sorteio, foi acompanhada por meio de telefonemas periódicos. Após 18 meses, o número de suicídios nesse grupo foi, comparativamente, dez vezes menor. Com os telefonemas, a tentativa de suicídio deixou, assim, de ser um pedaço de história a ser esquecido ou silenciado.


Em agosto de 2006, o Ministério da Saúde publicou as diretrizes que orientariam um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio. O plano ainda não saiu. É preciso transformar as diretrizes em ações assistenciais baseadas em evidências científicas, as quais, por sua vez, poderão orientar novas políticas de prevenção e estratégias de atendimento.


Na área da saúde, isso constitui um desejado círculo virtuoso entre política, assistência e pesquisa, que não é simples de ser alcançado.


Fonte: Folha de São Paulo -São Paulo, 06 de dezembro de 2010 - NEURY JOSÉ BOTEGA é professor titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), representante nacional na Associação Internacional de Prevenção do Suicídio e coordenador da Comissão de Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Brasil fica entre piores em ranking de ensino da OCDE

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Exame avalia conhecimentos de leitura, matemática e ciências. Piores resultados são de alunos de escolas públicas estaduais e municipais


Apesar de registrar melhora na educação, o Brasil segue entre os piores colocados em ranking internacional de ensino. O país ficou com a 53ª colocação entre 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).


Feito com estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª série (8º ano) do ensino fundamental, o ranking é divulgado a cada três anos. Em 2009, avaliou 470 mil estudantes. Desse total, 20 mil eram brasileiros.


É avaliado o conhecimento de leitura, matemática e ciências dos adolescentes. O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), é quem aplica a prova do Pisa no país.


Com a média geral de 401 pontos, o Brasil ficou atrás de países como


■ Bulgária, Romênia e


■ os latino-americanos México, Chile e Uruguai.


Fica à frente apenas da Colômbia, Kazaquistão, Argentina, Tunísia, Azerbaijão, Indonésia, Albânia, Catar, Panamá, Peru e Quirguistão.


O país ficou bem abaixo da média da OCDE, de 496 pontos.


Os cinco melhores colocados são;


■ China (Xangai), com 577 pontos,


■ Hong Kong, com 546,


■ Finlândia e Cingapura, com 543, e


■ Coréia do Sul, com 541.


Em relação às provas anteriores, o Brasil melhorou. O país teve média geral de 368 pontos em 2000, 383 em 2003 e 384 em 2006 e está entre os três que mais evoluíram desde 2000, atrás apenas de Luxemburgo e Chile. A melhora ocorreu também nas áreas de conhecimento avaliadas.


A melhor pontuação em 2009 foi de leitura, com 412 pontos, seguida por ciências, com 405 e matemática, com 386. Na área de leitura, que teve ênfase em 2009 na avaliação, o Brasil mostrou melhora de 19 pontos de 2006 para 2009, após cair dez pontos de 2003 para 2006.


De forma geral, segundo o ranking, as meninas tiveram desempenho melhor do que os meninos, com 403 pontos, contra 399. E o forte das alunas é a leitura.


AMÉRICA LATINA


Os países da América Latina estão todos entre os últimos 20 colocados. A 54ª posição põe o Brasil a frente de Colômbia (55º), Argentina (57º), Panamá (63º) e Peru (64º). O melhor classificado é o Chile em 45º, seguido pelo México em 50º.


Ultimo Segundo - Cinthia Rodrigues e Priscilla Borges, iG São Paulo e Brasília | 07/12/2010 08:00


O QUE É  O PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS (PISA)


O Pisa avalia conhecimentos e habilidades que capacitam os alunos para uma participação efetiva na sociedade. A avaliação em leitura busca saber qual é a compreensão, o uso e a reflexão dos estudantes sobre textos escritos para alcançar objetivos. Já na matemática a intenção é medir a capacidade de atender suas necessidades no mundo para, por exemplo, expressar ideias bem fundamentadas.


Pontuação


No nível abaixo de 1 ficam aqueles que chegam a 358 pontos;


no 1, de 358 a 420;


no 2, de 421 a 482;


no 3, de 483 a 544;


no 4, de 545 a 606;


no 5, de 607 a 668; e


no nível 6, de 669 para cima.


Para a OCDE, encontram-se;


No Nível 1 os estudantes que conseguem responder questões envolvendo contextos familiares, onde toda a informação está presente e as questões estão claramente definidas. Esses alunos são capazes de identificar informações e realizar procedimentos rotineiros, de acordo com instruções diretas em situações explícitas. Podem desempenhar ações óbvias e seguir as informações presentes nos estímulos dos itens.


NO NÍVEL 2, os estudantes conseguem interpretar e reconhecer situações em contextos que requerem nada além do que uma inferência direta. Eles podem extrair informações relevantes de uma única fonte de informação e utilizar um método de representação. Alunos neste nível podem empregar algoritmos, fórmulas e procedimentos básicos e são capazes de raciocinar de forma direta e realizar interpretações literais de resultados.


NO NÍVEL 3, os estudantes conseguem executar procedimentos claramente descritos, selecionar e pôr em prática estratégias de resolução de problemas simples. Conseguem interpretar e utilizar representações baseadas em diferentes fontes de informação, além de refletir diretamente sobre elas. Podem desenvolver comunicações curtas para relatar suas interpretações, resultados e raciocínios. Os estudantes do nível 4 podem trabalhar efetivamente com modelos explícitos sobre situações complexas concretas, que podem envolver situações difíceis ou necessitar tomadas de decisões. Podem selecionar e integrar diferentes representações, incluindo simbólicas, ligando-as diretamente a aspectos da vida real. Utilizam habilidades bem desenvolvidas e conseguem refletir de forma flexível.


NO NÍVEL 5, os alunos são capazes de desenvolver trabalhos com modelos sobre situações complexas, identificando constrangimentos e especificando suposições. Podem selecionar, comparar e avaliar estratégias apropriadas de resolução de problemas para lidar com problemas complexos relativos a esses modelos. Alunos nesse nível podem trabalhar estrategicamente utilizando habilidades de raciocínio desenvolvidas e abrangentes, representantes apropriadas, caracterizações simbólicas e formais. Eles podem refletir sobre suas ações formulando e comunicando suas interpretações e raciocínios.


NO NÍVEL 6, estudantes conseguem conceitualizar, generalizar e utilizar informações baseadas em suas próprias investigações e modelagem de situações-problema complexas. Eles podem concatenar diferentes fontes e representações de informação e traduzi-las flexivelmente. Estudantes neste nível são capazes de pensar e raciocinar matematicamente de forma avançada. Esses alunos podem aplicar seus conhecimentos para desenvolver abordagens e estratégias para lidar com novas situações através do domínio de operações matemáticas simbólicas e formais. Estudantes neste nível conseguem formular e comunicar precisamente suas ações e reflexões sobre achados, interpretações, argumentos e suas pertinências.1292982018424-bligo-RankingEstadoPisa.jpg



Fontes: Estadão - 08 de dezembro de 2010 e Gazeta do Povo – 07 de dezembro de 2010


Comentário: Como diz a estudante Maria Gabriela, "deveria haver mais organização e deveriam exigir mais da gente, como acontece nas escolas particulares, com mais conteúdo, porque às vezes a gente fica com muita folga". É uma coisa tão simples, porém tão difícil colocar em prática devido a ideologia educacional existe no país. Estão mais preocupados com o formato educacional do que com o conteúdo.


Segundo a análise da revista Economist, o progresso recente meramente elevou o nível das escolas de desastroso para muito ruim;


■ a revista diz que dois terços dos jovens de 15 anos são incapazes de fazer qualquer coisa além de aritmética básica.


■ mesmo escolas privadas e pagas são medíocres. Seus alunos vêm das casas mais ricas, mas eles se tornam jovens de 15 anos que não se saem melhor que um adolescente médio da OCDE


■ uma das razões para a má qualidade do ensino é o desperdício de dinheiro. Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias


■ exceto em poucos locais, professores podem faltar em 40 dos 200 dias escolares sem ter o salário descontado.


SÓ DINHEIRO NÃO DEFINE RANKING


A primeira classificada no ranking é a região de Shangai, na China – o país pode escolher se submete toda a população à prova ou só um distrito – que estreou no ranking no topo das três áreas. “Ainda existe correlação entre a riqueza de um país e o nível de conhecimento de sua população. No entanto, o fato da China ser o 1º mostra que o PIB (Produto Interno Bruto) per capita não é o fato mais importante. Nações pobres não são incompatíveis com sistemas educacionais de alta performance”, diz o relatório da organização.


Segundo estudo, a riqueza é um fator que só influencia 6% na pontuação dos países. Mesmo entre os membros da OCDE, o primeiro colocado é a Coréia do Sul, que não está entre os mais ricos. Os Estados Unidos ficam em 26º.


Na década de 70 o desenvolvimento industrial do Brasil era bem superior da Coréia do Sul, mas enquanto a Coréia  investia no sistema educacional com qualidade, o Brasil estava apenas preocupado com a proletarização do ensino com fins estatísticos.


A melhora do Brasil lembra o copo de água mais ou menos cheio ou vazio. Depende do observador. Parece quer o Brasil está formando os tiriricas transgênicos.


Pra quê o pobre estudar? Se o governo oferece tudo para ele, sem avaliar o retorno, Bolsa Família,  universalização do celular, SUS, passar de ano sem estudar, o aluno finge que estuda e o professor finge que está dando aula, etc. 


E a America Latina, coitada, vive do passado ideológico, nostálgico, em que a esquerda não modernizou , passando um filme de acetato num mundo digital.


Origem do Natal

bligo-Natal.jpgO Natal é um feriado comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário Juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), que comemora o nascimento de Jesus de Nazaré. A data de comemoração do Natal não é conhecida como o aniversário real de Jesus e pode ter sido inicialmente escolhida para corresponder com qualquer festival histórico Romano ou com o solstício de inverno.




HISTÓRIA 


De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa "manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.


Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam durante o solstício de Inverno.


Segundo alguns especialistas, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício de inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude.


ÁRVORE DE NATAL


Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indica a Alemanha como país de origem, uma das mais populares atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de alguns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes sobre a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas presas nas pontas dos ramos e papéis coloridos. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram surpresos ao verem aquela árvore iluminada. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.


Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.


BOTINHAS AS DE NATAL


A lenda das botinhas de Natal na lareira tem origem na Holanda. A tradição das botinhas na lareira surgiu com a lenda de São Nicolau


“Não esqueça de deixar o sapatinho na janela, senão Papai Noel não vai trazer os presentes!”. Seja na janela ou na lareira, sapato ou meia; a tradição pode não ser compreendida pelas crianças, nem pelos pais, mas ela está presente em casas de todo o mundo na época do Natal.


A lenda de colocar os sapatinhos ou de pendurar as meias ao lado da chaminé veio da cidade de Amsterdã, na Holanda. As crianças deixavam os tamancos (típicos daquele país) na entrada da porta e os pais depositavam um presente sobre cada par.


Segundo uma lenda, São Nicolau teve conhecimento de que três moças muito pobres não podiam se casar porque não tinham dinheiro. Comovido, ele atirou moedas de ouro pela chaminé durante a noite para não ser visto. As moedas caíram dentro das meias que haviam sido postas para secar junto ao fogo da lareira, e as moças conseguiram juntar o dote.


Por esse motivo, surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na chaminé, para que na manhã do dia de Natal fossem encontrados presentes neles. Para aqueles que não possuem lareiras, as janelas são ótimas substitutas.


PRESÉPIO


A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal. O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres.


CARTÕES DE NATAL


A prática de enviar Cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly. Acredita-se que o primeiro Cartão de Natal foi confeccionado na Inglaterra em 1843 por um artista chamado John C. Horsley para um amigo, Sir Henry Cole.


Neste cartão estava desenhada uma família e as palavras "A Merry Christmas and a Happy New Year to You".


Esta prática difundiu-se rapidamente por toda a Inglaterra e países de língua inglesa chegando depois ao resto do mundo.


CANTIGAS DE NATAL TRADICIONAIS


A cantiga de natal mais antiga que a história da música registra é «Jesus Refulsit Omnium», (Jesus, luz de todas as nações); ela data do século IV e a letra é atribuída a Santo Hilário de Poitiers.


O mais conhecido, no entanto, é «Noite Feliz». Seu título original é «Stille Nacht, heilige Nach» e foi escrito, poderia dizer-se «acidentalmente», pelo sacerdote austríaco Joseph Mohr, que ao ver que se havia estragado o órgão de sua paróquia, a capela de São Nicolau, localizada na pequena cidade de Oberndorf, decidiu escrever um canto que pudesse ser interpretado com violão na missa do galo. Foi assim como no natal de 1818 se cantou pela primeira vez «Noite Feliz», atualmente traduzido a 330 idiomas.


Outro dos cantos mais conhecidos nos países de fala inglesa é «Joy to the World», escrito por Isaac Wats, inspirado no salmo 98 («Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas») e cuja música é atribuída a Federico Hendel, devido a que as partituras coincidem em várias partes do canto com sua célebre obra «O Messias».


Talvez a mais popular canção é provavelmente "White Christmas" escrita por Irving Berlin em 1942 para o filme "Holliday Inn".


Outras famosas Canções de Natal são "The First Noel", "Hark, the Herald Angels Sing", "Away in a Manger"," A Little Town of Bethlehem"e "Jingle Bells".


Popularmente se conhecem mais os cantos que fazem alusão ao Natal que aqueles que se referem ao Advento; às vezes por isso durante este tempo se cantam canções que falam do nascimento e não da espera do menino Jesus, como liturgicamente deveria ser.


Segundo José Solé, isso se dá devido a que os cantos de Advento são pouco conhecidos. No quarto domingo do Advento, explica, costuma-se cantar o «Magnificat», dentro das diversas interpretações musicais do hino.


Ainda que o sentido das cantigas de natal é o de «elevar o espírito do Natal», como o afirma José Solé, muitas delas falam de elementos culturais desta época do ano e deixam de lado o nascimento de Jesus: «Uma coisa seria uma cantiga de natal e outra é a música de Natal. Quando se fala de Natal, é o natal de Jesus, não de outra coisa. Evidentemente, todas estas coisas são apenas o acompanhamento, e fizeram que muitas vezes se perca o sentido, inclusive do próprio Papai Noel ou da árvore, que têm uma razão de ser».


«A verdadeira música de Natal, ao contrário, nos aproxima mais de Deus e faz que tenhamos um coração mais elevado», conclui José.


Fontes: Wikipédia, eBand e Zenit.org


Vídeo: Nana Mouskouri - Silent night. Stille Nacht, heilige Nacht. Lyrics in German




sábado, 18 de dezembro de 2010

Falta qualidade à educação no país, diz estudo

bligo-Educacao.jpgDados do relatório do movimento Todos pela Educação, que acompanha a qualidade da educação no Brasil:


■ Pouco mais de um terço dos alunos do 5° ano do ensino fundamental sabe ler e escrever de acordo com o esperado para a série. A mesma defasagem é verificada no aprendizado de matemática, no caso dos alunos do 9º ano.


■ Para os alunos do 9° ano do ensino fundamental, a meta de português foi atingida, mas a de matemática não. Apenas 14,8% dos estudantes aprenderam o esperado para a série que cursavam – abaixo dos 17,9% estipulados pela entidade. Em língua portuguesa, 26,3% atingiram a pontuação adequada, superando a meta de 24,7%.


■ No ensino médio, 28,9% obtiveram o resultado esperado no caso de língua portuguesa (a meta era 26,3%) e só 11% alcançaram o aprendizado adequado para a etapa em matemática (a meta era 14,3%).


Para o sociólogo Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), o fato de estar havendo uma evolução, embora pequena, no aprendizado do português isso não deve ser atribuído à qualidade do ensino da língua portuguesa nas escolas. Segundo ele, o português está associado à educação familiar. - Se a família fala um pouco melhor, a criança aprende. Matemática depende da escola, o que significa que ela não está ensinando - concluiu.


Concluíram o ensino fundamental 63,4% dos adolescentes de até 16 anos (a meta era 64,5%) e 50,2% das pessoas com 19 anos no ensino médio, mais que a meta, de 46,5%.


Outros dados interessantes:


■ Metade dos brasileiros entre 15 e 17 anos não está na série escolar adequada, mostram os dados da SIS (Síntese de Indicadores Sociais) divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esses estudantes deveriam estar cursando o ensino médio, mas estão em outras séries escolares, como o nível fundamental.  5,1 milhoes de jovens não estão na série escolar adequada, de um total de 10,2 milhões.


■ No país, 18% dos jovens entre 15 e 17 anos não estão na escola. Cerca de 1,8 milhões de jovens não estudam


■ O Brasil tem 14,1 milhões de pessoas analfabetas de acordo com Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), equivale a 7,3% da população total (191,7 milhões).


■ Um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais são analfabetos funcionais, de acordo com dados da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O número corresponde a mais de 29 milhões de pessoas, ou 20,3% da população nesta faixa etária, que é de 143 milhões.


■ O Brasil conta com 50,2 milhões de jovens entre 15 e 29 anos.


Comentário: Se somarmos os analfabetos funcionais ou não, jovens que não estudam, perfazem  45 milhões de jovens. A situação do ensino brasileiro é bem pior do que o governo propaga que o ensino está melhorando.


Comentário:


No relatório das notas do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de 2009 o Brasil não atingiu ainda a média dos países OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O governo afirma que o Brasil está melhorando, mas ainda não atingiu a média desses países. Isso lembra que o aluno foi reprovado, mas continua melhorando?


É caso do copo com metade com água. Se a pessoa é otimista, analisa que o copo está mais ou menos cheio. É que o governo faz com esses números. E a pessoa pessimista analisa que o copo está mais ou menos vazio. O ensino é um autentico elefante branco.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Congressistas brasileiros ganharão mais do que americanos e britânicos

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O aumento aprovado pelos congressistas brasileiros aos seus próprios salários, na quarta-feira, deixa os vencimentos básicos de deputados e senadores do país 8% maiores do que os dos congressistas americanos e 84% maior do que os dos britânicos, segundo um levantamento feito pela BBC Brasil.


A decisão aprovada no Congresso brasileiro elevou os salários dos deputados e senadores em 62%, de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil, a partir de fevereiro de 2011. Os salários do presidente, do vice e dos ministros também serão elevados.


Segundo dados do Parlamento britânico, cada um dos 650 deputados da Câmara dos Comuns recebe um salário básico equivalente a 5.478 libras por mês (cerca de R$ 14.541).


Nos Estados Unidos, deputados e senadores recebem um salário básico equivalente a US$ 14.500 por mês (cerca de R$ 24.700).


Os salários dos congressistas brasileiros também ficarão quase seis vezes mais altos do que os de seus pares argentinos. Os deputados do país vizinho ganham um salário básico mensal de 10.600 pesos (cerca de R$ 4.540), enquanto os senadores recebem cerca de 16 mil pesos mensais (R$ 6.850).


Comparações


Um levantamento comparativo preparado pelo Parlamento britânico em 2007 mostra os vencimentos dos congressistas de países como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Espanha e Suécia.


Segundo o levantamento britânico, que incluiu também dados da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, em 2007 os deputados e senadores americanos eram os que tinham os maiores vencimentos entre esses países, seguidos pelos italianos, que tinham salários equivalentes a R$ 22.350 mensais.


Na outra ponta, a Espanha tinha os menores salários de parlamentares em 2007 – o equivalente a R$ 6.466 mensais, seguida de Suécia (R$ 9.469) e Noruega (R$ 9.649).


O aumento concedido pelos congressistas brasileiros aos seus próprios salários não supera, em termos proporcionais, a elevação aprovada em agosto para os vencimentos dos parlamentares indianos, de mais de 200%.


Ainda assim, a triplicação dos salários dos parlamentares indianos elevou-os para 50 mil rupias mensais, ou o equivalente a R$ 1,8 mil mensais.


Fonte: BBC Brasil - 17 de dezembro, 2010


Comentário: É a Bolsa Família dos políticos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Autoridades de Xangai consideram proibir mais de um cachorro por casa

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Após a política do filho único em vigor na China, agora os moradores da cidade de Xangai correm o risco de ter em vigor a lei do cachorro único.


O projeto de lei municipal sobre criação de cães, que está sendo revisado pelos legisladores locais, deixa claro que cada casa pode ter apenas um cachorro, dada a alta densidade populacional e o limitado espaço disponível em Xangai, informa a agência chinesa Xinhua.


Se um cachorro der cria, os donos devem doar todos os filhotes a donos adotivos elegíveis, ou mandá-los a agências de adoção credenciadas pelo governo até que eles tenham três meses de vida, determina o projeto de lei.


Se for aprovada, a lei deve entrar em vigor no ano que vem. A multa para quem violar a regra será de até 1.000 yuan (R$ 260).


Xangai não é a primeira cidade chinesa a pensar nisso. Antes, cidades como Guangzhou e Chengdu aprovaram leis limitando a presença de um cachorro por casa em áreas de controle designadas, lembra a Xinhua.


CORTE DE CUSTOS


Por outro lado, as autoridades também estão considerando baixar o preço exorbitante do registro e da licença para cães, segundo a agência de notícias.


Atualmente, os donos de cães pagam entre 1.000 yuan (R$ 260) e 2.000 yuan (R$ 520) por ano com licença e vacinas, dependendo da localidade. Quanto mais perto do centro da cidade, maior o custo para manter um cachorro.


O projeto de lei pretende cortar o valor para a partir de 300 yuan (R$ 77), incluindo os custos de certificação, implantação de um chip de identificação e vacina contra raiva todos os anos.


O alto preço da taxa de licenciamento tem sido apontado como a principal razão para a maioria das pessoas de Xangai não registrarem seus cães, diz a Xinhua.


Números oficiais falam em cerca de 800 mil cachorros domésticos na cidade, mas apenas um quarto deles são registrados e licenciados.


Fonte: Folha.com - 11/11/2010 


 Comentário: Pelo jeito há uma superpopulação mundial de animais domésticos.


10 Países com a maior população de cães no mundo


1º. Estados Unidos: 61 milhões


2º.  Brasil: 30 milhões


3º. China: 22 milhões


4º. Japão/Rússia: 9,6 milhões


5º. África do Sul: 9,1 milhões


6º. França: 8,1 milhões


7º. Itália: 7,6 milhões


8º. Polônia: 7,5 milhões


9º. Tailândia: 6,9 milhões


10º. Reino Unido: 6 milhões


Fonte: Mapsofworld.com


Os cães podem ter duas crias por ano, com seis filhotes em média de cada vez. Desta forma, apenas um casal e suas gerações futuras podem gerar 67.000 cães num período de seis anos. Estima-se que a população mundial de cães ultrapasse 600 milhões de animais.


10 Países com a maior população de gatos no mundo


1º Estados Unidos: 76,4 milhões


2º. China:  53 milhões  


3º Russia: 12,7 milhões  


4º Brasil: 12,5 milhões


5º França:  9,6 milhões


6º Itália: 9,4 milhões 


7º  Reino Unido: 7,7 milhões 


8º Ucrânia: 7,35 milhões  


9º Japão: 7,3 milhões  


10º Alemanha: 7,7 milhões


Um só casal de gatos por procriar quatro vezes ao ano, com ninhadas de quatro filhotes por vez, pode atingir em sete anos uma geração de 420.000 animais. Estima-se que a população mundial de gatos ultrapasse 200 milhões de animais.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Comportamento - Ser e Estar

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Artigo interessante sobre valores das pessoas num período em que a mídia está mais enaltecendo a Wikileaks. Parece que entramos na era da Wikileaks, Youtube, Rede Social, tudo é relativismo.


 “Às vezes penso, às vezes sou”.


(Paul Valéry)


               Tenho observado com cautela o comportamento das pessoas e suas atitudes na vida em sociedade. E seja no ambiente corporativo, familiar, político, social, enfim, qualquer que seja o meio no qual estejam inseridas, preocupa-me a instabilidade, a ausência de propósitos, a fragilidade das personalidades, ante questões diversas que lhes são impostas.


            As pessoas parecem tomadas por um senso de urgência, um imediatismo subserviente, através dos quais manifestam-se em defesa de interesses de curto prazo, pontuados isoladamente e localmente, como se estivessem desconectadas do organismo social.


            Políticos fazem alianças historicamente incongruentes em troca de alguns minutos adicionais no horário eleitoral gratuito, independentemente da dissonância ideológica e pragmática futura em caso de êxito no pleito. Profissionais travam um verdadeiro jogo de xadrez em suas companhias prejudicando o colega da mesa ao lado em lances ardilosos engendrados nos corredores e nas pausas para o café, em busca de uma notoriedade que pretensamente lhes venha conferir uma maior remuneração. Amigos cultivados ao decorrer de anos capitulam nos momentos mais críticos, negligenciando ajuda e apoio. Familiares desagregam-se ao primeiro sinal de dificuldade econômica. Pais apregoam a ética a seus filhos, enquanto ultrapassam veículos pelo acostamento no final de semana, tendo-os por testemunhas.


            Há uma inversão recorrente dos valores, da ética, da moral, do caráter. As pessoas deixam de ser o que sempre foram e passam a estar o que lhes convém.


Valores


            Valores são definidos como normas, princípios, padrões socialmente aceitos. São-nos incutidos desde cedo, fruto do meio social, e quando chancelados pela conduta humana, considerados eticamente adequados. Somos orientados a aceitá-los, evitar questioná-los. E acabamos cerceados da possibilidade de exercer nossa criatividade, nossa imaginação, nosso livre arbítrio. Como diria Rousseau, “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros”. Se tais parâmetros carecem de concordância, optamos não por alterá-los, mas por desrespeitá-los. Daí advém uma primeira cisão: regras são feitas para serem quebradas; contratos, para serem rompidos.


            A moral de um lobo é comer carneiros, como a moral dos carneiros é comer a grama. Este instinto animal tem inconscientemente caracterizado o comportamento humano o qual tem denotado uma moral dupla: uma que prega mas não pratica, outra que pratica mas não prega.


            Não são os princípios que dão grandeza ao homem. É o homem que dá grandeza aos princípios. Curiosamente é mais fácil lutar por princípios do que aplicá-los. Mas esta é uma luta que deve ser travada diariamente com paciência e sabedoria, ajustando a palavra à ação, a ação à palavra.


            Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo. Por isso, esta luta trata-se de litigar paradigmas. Criar e difundir novos. Não esmorecer, mesmo sentindo a mente turva. Todos vivemos sob o mesmo céu, mas nem todos vemos o mesmo horizonte. E quando se tem o horizonte enevoado, é preciso olhar para trás para manter o rumo.  A vida, disse Kierkegaard, só pode ser compreendida olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.


Caráter


            Caráter é destino, disse Heráclito de Éfeso. É aquilo que fazemos quando ninguém está olhando. É nossa particularidade, nossa maior intimidade, nosso segredo mais bem guardado. É nosso maior companheiro, nossa maior paixão – e, às vezes, nosso maior fantasma. É construído desde a mais tenra idade, simbolizando nossa maior herança – e nosso maior legado.


            Um homem de caráter firme mostra igual semblante em face do bem ou do mal. Preocupa-se mais com seu caráter do que com sua reputação, pois sabe que seu caráter representa aquilo que ele é, enquanto sua reputação, apenas aquilo que os outros pensam. E sua firmeza de propósitos o faz com que opte pela singularidade de seu próprio julgamento.


            O caráter testa-se em pequenas coisas. Num olhar, num gesto, numa palavra. Quando queremos saber de que lado sopra o vento atiramos ao ar não uma pedra, mas uma pluma. Há um provérbio dos índios norte-americanos que diz: “Dentro de mim há dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando. O que ganha a briga é aquele que alimento mais freqüentemente”.


            Acredito que as adversidades além de fortalecerem o caráter, revelam-no. Tornam-no mais tenaz, purificam-no.


            Caráter é destino. E o destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha. Não é uma coisa que se espera, mas que se busca. O futuro de um homem está decididamente escrito em seu passado.


Mudança


            Não existe nada permanente, exceto a mudança. Porém, mudar e mudar para melhor são coisas diferentes. As pessoas não resistem às mudanças, resistem a ser mudadas. É um mecanismo legítimo e natural de defesa. Insistimos em tentar impor mudanças, quando o que precisamos é cultivar mudanças.


            O dinheiro, por exemplo, muda as pessoas com a mesma freqüência com que muda de mãos. Mas, na verdade, ele não muda o homem: apenas o desmascara. Esta é uma das mais importantes constatações já realizadas, pois auxilia-nos a identificar quem nos cerca: se um amigo, um colega ou um adversário. Infelizmente, esta observação, não raro, dá-se tardiamente, quando danos foram causados, frustrações foram contabilizadas, amizades foram combalidas. Mas antes tarde, do que mais tarde.


            Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade, nada mais. Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos: nos outros apenas duramos.


            Segundo William James, a maior descoberta da humanidade é que qualquer pessoa pode mudar de vida, mudando de atitude. Talvez por isso a famosa Prece da Serenidade seja tão dogmática: mudar as coisas que podem ser mudadas, aceitar as que não podem, e ter a sabedoria para perceber a diferença entre as duas.


Tolerância


            Cada vida são muitos dias, dias após dias. Caminhamos pela vida cruzando com ladrões, fantasmas, gigantes, velhos e moços, mestres e aprendizes. Mas sempre encontrando nós mesmos. Na medida em que os anos passam tenho aprendido a me tornar um pouco pluma: ofereço menos resistência aos sacrifícios que a vida impõe e suporto melhor as dificuldades. Aprendi a descansar em lugares tranqüilos e a deixar para trás as coisas que não preciso carregar, como ressentimentos, mágoas e decepções. Aprendi a valorizar não o olhar, mas a coisa olhada; não o pensar, mas o sentir. Aprendi que as pessoas, via de regra, não estão contra mim, mas a favor delas.


            Por isso, deixei de nutrir expectativas de qualquer ordem a respeito das pessoas. Atitudes insensatas não mais me surpreendem. Seria desejável que todos agissem com bom senso, vendo as coisas como são e fazendo-as como deveriam ser feitas. Mas no mundo real, o bom senso é a única coisa bem distribuída: todos garantem possuir o suficiente...


            Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer. Nós não aprendemos nada com nossa experiência. Nós só aprendemos refletindo sobre nossa experiência. Todos temos nossas fraquezas e necessidades, impostas ou auto-impostas. “Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”, disse François Rabelais.


            Por tudo isso, é preciso tolerância. É preciso também flexibilidade. Mas é preciso fundamentalmente policiar-se. Num mundo dinâmico, é plausível rever valores, adequar comportamentos, ajustar atitudes. Mantendo-se a integridade.


Fonte: Tom Coelho - setembro / 2003 - Publicidade pela ESPM e Economia pela USP, com especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks, hacker e internet livre

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Em uma das revistas de 2009 do Copenhagen Institute for Future Studies saiu um artigo sobre o tema “Anarconomy”. Esse artigo veio em boa hora para analisar o pensamento dos piratas cibernéticos. Hoje o que se comenta mais é o caso da Wikileaks. Eles querem ser os paladinos da verdade, da transparência, etc. Por detrás dessa falsa transparência incentiva a ilegalidade, o roubo de informações, é o caos das informações. Eles estão jogando farofa no ventilador, para não dizer outra coisa.


Eles nada mais são do que os hackers,  são narcisistas eletrônicos  que querem manobrar as informações de maneira anárquica. Julgam transparentes, honestos, defensores da livre informação da internet, etc.  Mas como eles obtém essas informações, pesquisando, ou  investigando? Não. Simplesmente algum ativista simpatizante desse grupo rouba informações de empresa ou do governo e colocam na internet,  para ver o que acontece. Eles estão tão acostumados em acessar sites indevidamente, que eles acham que é normal esse tipo de serviço. Não há ética e nem moral nesse tipo de serviço. Alguns hackers dizem é pura adrenalina cibernética. Eles querem tudo de graça na rede, mas quem produzirá essas informações ou projetos? Eles próprios? Eles tem competência para isso? Ou são os novos piratas cibernéticos?


Os princípios que eles enaltecem como as comunidades de informações livres, grupos decidindo, etc. Nada mais é do que o   comunismo eletrônico. É novo comunismo virtual? Ninguém trabalha, apenas recebe informações? 


Desse artigo  transcrevo algumas idéias que coincidem com o pensamento da Wikileaks:


1-Dizem os autores dos artigos que nos últimos anos assistimos e ainda assistiremos à proliferação de conteúdos e serviços gratuitos na Internet. Esse conteúdo é criado e distribuído livremente pelos próprios usuários nas redes de voluntários de acordo com princípios anárquicos:     


2-Porque Anarconomía = Anarquismo + Economia?


■ A sociedade em rede tem muitas semelhanças com o ideal anarquista. O código aberto e todas as aplicações grátis têm um grande valor para o usuário.


■ As ferramentas que no passado estavam reservados para uns poucos, agora  estão disponíveis para todos (criar e distribuir conteúdos: blogs, youtube, flickr, facebook, …).


■ Produtos e serviços gratuitos desafiam e competem com os produtos e serviços comerciais.


■ No futuro, só se poderá ganhar dinheiro quem tiver soluções e experiências únicas.


E, ainda segundo os autores, no futuro, os princípios de anarconomía se moverão da Internet ao mundo real e mudarão radicalmente a economia do mercado.


O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO ANARQUISMO É QUE NÃO DEVE TER NENHUMA AUTORIDADE CENTRAL COM O PODER DE IMPOR SUA VONTADE E FAZER CUMPRIR AS LEIS. PELO CONTRÁRIO, A SOCIEDADE DEVE SER ORGANIZADA COM "REGRAS DE LIVRE ACORDO ENTRE OS DIVERSOS GRUPOS".


3-Estamos vivendo numa época de mudança radical. Um dos grandes cismas é a utilização dos direitos dos produtos intangíveis.


De um lado temos o grupo dos utópicos, que pensam que o acesso a todos os conhecimentos e produtos culturais deveriam ser abertos e livre. No outro lado, temos as grandes empresas e as pessoas criativas que se ganham a vida com os direitos de propriedade intelectual - as companhias gravadoras, os detentores de patentes, artistas, etc. - que pensam que os estímulos para criar novos conhecimentos e novos produtos culturais desaparecerão se não se pode obter um monopólio temporário com o que eles criaram.


4-Anarconomía desafia os monopólios tradicionais baseados na legislação, os direitos intangíveis e a tecnologia. As leis nacionais podem ser contornadas com a terceirização através dos países com menos regulação.


5-Os artigos falam da “anarconomía”, isto é de uma economia que não é  ou pouca formal, livre e sem autoridade central onde muitas pessoas trabalham voluntariamente e os serviços e produtos são grátis.


6-Será realidade o que descrevem os autores? Na contramão estão os fatos conhecidos até agora: As experiências em liberdade descontrolada nunca agradaram a uns poucos bípedes cujo função é o controle, o racionamento, a organização e a distribuição desigual das “liberdades”, segundo os critérios de pertinência a uma casta particular e a riqueza material.


E estes bípedes, que se chamam habitualmente "políticos" vão fazer tudo o possível para que a “liberdade” não seja para todos. Além disso, sabemos que em todas as sociedades dos bípedes durante toda a história conhecida alguns bípedes sempre eram e são mais iguais do que outros.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Nós vamos ficar cada vez mais distraídos

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Escritor, ex-editor-executivo da revista "Harvard Business Review" e professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Nicholas Carr adora colecionar polêmicas. Ele critica a superficialidade da internet e alerta para a perda gradativa do foco no que interessa 


Na semana passada, Carr esteve no Brasil para o Info Summit 2010. Em pauta, o seu novo livro - "The Shallows: What the Internet Is Doing to Our Brains" (algo como "Os superficiais, o que a internet tem feito com nossos cérebros"), em que desenvolve o artigo da "Atlantic" e defende a tese de que a internet pode, sim, emburrecer e dificultar o aprendizado, logo ela que chegou a ser considerada a revolução na área educacional. Após o evento, escritor falou com exclusividade ao GLOBO.


? No livro "Where good ideas come from" ("De onde vêm as boas ideias"), o escritor Steven Johnson afirma que o ambiente caótico da internet e suas conexões são fundamentais para a inovação e ainda ajudam as pessoas a serem mais criativas. Em seu novo livro, "The Shallows" ("Os superficiais"), o senhor afirma que a internet e o excesso de informações sem profundidade que ela despeja nas pessoas estão encolhendo nossa capacidade de pensar. Quem está correto, afinal?


NICHOLAS CARR: É totalmente verdade que a internet permite ter a acesso a informações tão ampla e rapidamente que o compartilhamento, a pesquisa e a colaboração ficam mais fáceis. Mas o que pessoas como Steven Johnson podem estar desconsiderando é que estas tecnologias nos fazem pensar de maneira diferente, nem sempre positiva. Ou seja: o que vemos com a internet e as tecnologias digitais em geral é que toda a ênfase está no ritmo rápido de troca de informação e na capacidade de achar toneladas de conteúdo. Os aspectos básicos da tecnologia são esses: links, mecanismos de buscas, alertas, interrupções, multitarefas, multifuncionamento. Este sistema não nos encoraja nem nos dá oportunidade para fazer coisas que necessitam de atenção mais profunda.


? Por exemplo...


CARR: As coisas que, no passado, sempre foram consideradas essenciais para uma vida intelectual rica, como contemplação, reflexão e introspecção. Se você é constantemente interrompido, você nunca consegue exercitar estas formas de pensamento mais atentas e focadas. Uma das coisas que sabemos sobre a mente é que a habilidade para prestar atenção, pensar profundamente sobre algo, focar e concentrar-se de fato ativam muitos dos nossos processos cognitivos, como pensamento crítico, memória, lógica, pensamento conceitual e algumas formas de criatividade. Meu medo é que estamos perdendo nossa capacidade e habilidade para esse tipo de pensamento. Seres humanos adoram obter novas informações, e há uma espécie de obsessão de estar no topo do conhecimento de tudo, mas isso nos empurra a uma forma de pensamento mais primitiva na qual estamos constantemente mudando o nosso foco.


? A ideia é que a maioria das pessoas, obcecadas em obter informações, acaba ouvindo falar um pouco de tudo, mas nada profundamente. E a maioria, fora de contexto, é isso?


CARR: Exato. E é por isso que os chamo de superficiais: você circula com muita rapidez, obtém informações rapidamente, mas nunca vai fundo em nada.


? Quais são as evidências de que a forma como obtemos informação pelas mídias digitais impede a compreensão e o aprendizado?


CARR: Há muitos estudos sobre vários aspectos da rede, como os que comparam hipertexto a texto. Há 30 anos, quando os textos na internet começaram a usar os hipertextos, acreditava-se que estes pedaços de informação de acesso rápido complementariam o entendimento do que estava sendo dito e ajudariam a ampliar a compreensão geral. Mas o que os estudos começaram a mostrar é que a compreensão e interpretação do texto estavam mais fracas com os hipertextos comparadas com o texto linear tradicional. E parece estar relacionado com a qualidade dispersiva do link. Mais que isso. Só na percepção, durante a leitura, de que há ali um link, o seu cérebro começa a se perguntar se vale a pena ir até o hipertexto e se aquela informação fará ou não falta na leitura. Aquilo quebra o ritmo de leitura e acaba afetando a compreensão do texto. E isso só reforça a tese de que, quanto mais você está focado, maior a compreensão e o aprendizado.


? Mas os educadores acham que uma das ferramentas mais preciosas para o aprendizado são os recursos multimídia...


CARR: Os estudos não mostram isso. Multimídia requer que a pessoa mude o tempo todo o seu foco. E o fato é que, se você está o tempo todo mudando o seu foco, a sua habilidade de aprender se reduz. O que não significa que multimídia seja sempre ruim, se ela for preparada com fins específicos. Mas o problema com a internet é que ela não é desenhada por experts em educação, e você tem constantes mudanças de foco. Se você olha para o modelo básico de webdesign de mídias sociais, como Facebook, percebe que ele não é feito com a ideia de otimizar a compreensão e o entendimento. É feito com a ideia de manter a visão grudada na tela em focos de conteúdos constantemente variados e atualizados.


? Ou seja, é uma tecnologia que encoraja a dispersão. E o que deixaria a rede ser menos dispersiva?


CARR: A internet é uma ferramenta multimídia tão poderosa que ela encoraja as pessoas, seja produtores ou consumidores de conteúdo, a ter e fazer mais e mais sem o necessário questionamento sobre qualidade, interesse e utilidade do que está ali. Você pode imaginar a internet desenvolvida de uma forma diferente, onde são filtrados todos os componentes dispersivos da maneira que um bom livro. Certas plataformas caminham para isso. O iPad, por exemplo, é um tipo mais comum de apresentação de informações até porque suas habilidades multimídias não são tão fortes. Há alguns indicativos de que talvez as pessoas queiram mais foco. Mas a tendência geral continua em direção a mais e mais dispersão.


? E a tendência não teria volta...


CARR: Exato. O que a gente sabe de empresas que produzem novos aparelhos eletrônicos é que elas competem entre si adicionando novas funções. Mesmo o Kindle, que começou como um leitor de livros, já permite algum tipo serviço de rede. O iPad já evolui para um sistema de multitarefa. Meu medo é que mesmo estes produtos que incentivam a atenção continuem a se desenvolver na direção de ter mais funções. E a realidade crua é: nós vamos adicionar distração e dispersão mais e mais.


Fonte: O Globo - 06/12/2010


Comentário:


Qual é o futuro do Homem?


Deixará de ser Homo Sapiens?


Será um andróide humano?


Será um homem sob controle remoto?


Será um homem controlado pela rede social?


Acabou a privacidade humana,  Youtube, wikileaks, wikisex, wiki...... etc